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terça-feira, 12 de abril de 2011

IMPACTOS DE METEORITOS


Nos últimos bilhões de anos, cerca de 130 mil meteoritos de grande porte atingiram a superfície Terra. No entanto, os vestígios desses impactos são geralmente mascarados pela intensa dinâmica terrestre. Porém, ainda assim, mais de 160 sítios já foram comprovadamente identificados como tendo sido causados por impactos de meteoritos.

A maioria dos meteoritos é derivada de fragmentos de asteróides. Fora da atmosfera da Terra, essas rochas são chamadas de meteoróides; as que entram na atmosfera são meteoros. Meteoritos são os fragmentos suficientemente grandes para cruzar a atmosfera e atingir a superfície da Terra.

A mais óbvia indicação de impacto de meteorito é uma cratera grande e circular. Embora nem sempre ocorra uma boa preservação dessas feições, há sempre evidências no local do impacto e no seu entorno, tais como: fragmentos de meteorito, material fundido, anomalias de irídio, ósmio ou platina, metamorfismo de impacto e/ou formação de coesita (principal evidência de impacto de meteorito).

A energia potencial de um choque de meteorito de médio porte na superfície da Terra é de mais de 100 megatons – o que equivale a mais que todo arsenal nuclear do mundo. No instante da colisão uma onda de calor e pressão reverbera para fora, nivelando e incinerando tudo que há sobre uma vasta área. Uma enorme quantidade de detritos é lançada na atmosfera e levada ao redor do mundo por fortes ventos. Chuvas de cinzas quentes caem no chão, incendiando as florestas, enquanto nuvens de poeira pairam por meses na atmosfera, bloqueando o Sol e tornando a Terra um planeta escuro e congelado. Quando o céu clareia, o gás carbônico que inundou a atmosfera cria um efeito estufa, elevando a temperatura global em 15 °C em média. Um exemplo de tal devastação é a extinção dos dinossauros, que pode ter sido ocasionada por impacto de um meteorito.

A seguir apresentamos os principais registros de impactos de meteoritos identificados ao redor da Terra.

Haughton
Local: Ilha de Devon, Ártico
Idade: 23 Ma
Diâmetro: 24 km

Manicouagan
Local: Quebec, Canadá
Idade: 212 Ma
Diâmetro: 100 km

Sudbury
Local: Ontário, Canadá
Idade: 1840 Ma
Diâmetro: 200 km
Observação: é uma das áreas mais ricas da Terra em sulfetos de cobre-níquel.

Manson
Local: Iwoa, EUA
Idade: 74 Ma
Diâmetro: 37 km

Baía de Chesapeake
Local: Maryland e Virgínia, EUA
Idade: 35 Ma
Diâmetro: 85 km

Chicxulb
Local: Península de Yucatán, México
Idade: 65 Ma
Diâmetro: 160-240 km

Vredefort
Local: Witwatersrand, África do Sul
Idade: 2020 Ma
Diâmetro: 300 km
Observações: hospedam os depósitos de ouro de maiores teores do mundo.


Limite K-T

Há aproximadamente 65 Ma, dois terços das espécies animais da Terra morreram repentinamente. Cientistas associam esse evento a uma fina camada de argila que remonta ao mesmo período de tempo e que divide as rochas do período Cretáceo (K) e Terciário (T). Conhecida por limite K-T, essa camada de argila contém altas concentrações de irídio, tendo provável origem após impacto de Chicxulub.

Mineração nas crateras

Muitos locais de impacto também são lugares que hospedam depósitos minerais valiosos, a exemplo dos depósitos de níquel-cobre de Sudbury, no Canadá, e de ouro de Vredefort, na África do Sul. Impactos de meteoritos também podem prover bons reservatórios de óleo, que emergem através de rachaduras formadas pelo impacto.

Fonte: Enciclopédia Ilustrada da Terra – ISTOÉ.

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