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sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Como se formam os diamantes-Um breve resumo

Diamante é uma palavra derivada do grego adamas, que significa indestrutível e o diamante é, na verdade, a substância natural mais dura conhecida pelo homem e, segundo estudos, os primeiros diamantes se  formaram há aproximadamente 2,5 bilhões de anos.

É formado por um único elemento químico, o carbono, e ao contrário da crença popular de que o diamante vem do carvão, ele raramente tem algum papel na formação dos diamantes. Na verdade, na história da Terra, os diamantes surgiram antes do carvão.

Os diamantes encontrados próximo à crosta terrestre são formados através de quatro processos diferentes: 1-Erupções vulcânicas; 2-Depressão tectônica; 3-Impacto de asteróides e 4-Queda de meteoritos. ilustração acima.

1. Erupções vulcânicas

Formados no manto terrestre, ascenderam à superfície por meio de erupções vulcânicas. São formados sob enorme pressão e temperatura (por volta de 1050 C°),  a aproximadamente 160 km da superfície.

Aqueles formados no manto são estocados em uma zona de estabilidade de diamantes. Erupções vulcânicas muito profundas levam os diamantes à superfície da Terra. Esse tipo de evento é muito raro, sendo que nenhuma erupção desse tipo foi observada desde que a ciência se tornou capaz de detectá-las. À medida que a mistura de magma, minerais e fragmentos de rocha se aproximam da superfície, uma estrutura de cano começa a se formar. Essa estrutura se chama Kimberlito. Elas são a fonte que os grandes mineradores de diamante procuram.

2. Formação em Depressão Tectônica

A depressão tectônica ou zona de subducção é uma área onde uma placa tectônica é forçada para baixo de outra. As placas ficam sujeitas à temperatura e pressão muito elevadas. Diamantes já foram encontrados em placas que já estiveram por baixo de outra e, posteriormente, voltaram à superfície; porém, a quantidade encontrada é muito pequena e pouco conveniente para exploração comercial.

3. Formação em Zonas de Impacto de asteróides

A Terra já foi – e ainda será – atingida repetidas vezes por grandes asteroides. Esse tipo de evento cria temperatura e pressão altíssimas: condições ideais para formação de diamantes. De fato, pequenos diamantes já foram encontrados próximos a zonas de impacto. No entanto, a quantidade ofertada por esse tipo de fonte é praticamente desprezível.

4.    Formação no Espaço

Diamantes também estão perdidos por aí no espaço, e o universo é, sem dúvida, um fornecedor dos mais diversos tipos de materiais e elementos químicos. Existem enormes estrelas de diamantes, chamadas diamantes cósmicos, como a estrela Lucy, em referência à musica dos Beatles “Lucy in the sky with diamonds”. Tecnicamente, esse diamante fica no interior de uma anã branca, que é o corpo que sobra de uma estrela após ela queimar toda sua energia e morrer. Descoberto em 2004, o Lucy, também conhecido como BPM 37093, fica a 50 anos luz da Terra.

CURIOSIDADE

Em 1905, na África, um diamante bruto foi encontrado por Frederick Wells, a nove metros de profundidade, na parede de uma mina, pesando 3.106,75 cts . Ele é considerado o maior diamante bruto já encontrado e foi batizado de Cullinan, em homenagem ao dono da mina onde foi achado, Thomas Cullinan.

O Cullinan foi dividido em três grandes partes. Os três pedaços deram origem a nove gemas (Cullinan I ao Cullinan IX), e a noventa e seis pequenos brilhantes. Os diamantes foram lapidados e polidos.

Nove partes resultantes da clivagem do Cullinan.

Das nove gemas principais, que resultaram da clivagem do diamante Cullinan, as duas maiores pedras foram nomeadas de Great Star of Africa (Cullinan I) e Lesser Star of Africa (Cullinan II). As duas pedras fazem parte das joias da Coroa Real Britânica

Cullinan I no cetro The Sorvereing’s Sceptre. Cullinan II na famosa coroa Imperial State Crown.

Fonte: Comunitexto

Veja também:

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

CATÁSTROFES NATURAIS - TSUNAMI

O QUE É UM TSUNAMI?

O termo "tsunami" provém do japonês, significa "porto" (tsu, ) e "onda" (nami, ).
É possível definir um tsunami de maneira simples: um terremoto entre as placas tectônicas, sobre as quais está o oceano, provoca uma agitação imensa das águas, resultando em ondas que chegam de maneira violenta e desordenada ao litoral. Mas além dos terremotos, outros distúrbios, acima ou abaixo da água, têm o potencial para gerar um tsunami, como erupções vulcânicas, deslizamentos de terra e outros movimentos de massa, e impactos bólidos.

ORIGEM

O historiador grego Tucídides foi o primeiro a relacionar tsunami a terremotos submarinos, mas a compreensão da natureza do tsunami permaneceu escassa até o século XX e ainda é objeto de pesquisa. Muitos textos antigos geológicos, geográficos e oceanográficos referem-se a tsunamis como "ondas sísmicas do mar".


CAUSAS
Um tsunami pode ser gerado quando os limites de placas tectônicas convergentes ou destrutivas movem-se abruptamente e deslocam verticalmente a água sobrejacente. É muito improvável que esses movimentos podem formar-se em limites divergentes (construtivo) ou conservativos das placas tectônicas. Isso ocorre porque os limites construtivos ou conservadores em geral não perturbam o deslocamento vertical da coluna de água. Terremotos relacionados a zona de subducção geram a maioria dos tsunamis.
Tsunamis têm uma pequena amplitude (altura da onda) em alto mar e um comprimento de onda muito longo (muitas vezes centenas de quilômetros de comprimento), sendo por isso que geralmente passam despercebidos no mar, formando apenas uma ligeira ondulação de normalmente cerca de 300 mm (12 pol) acima do normal. Eles crescem em altura quando atingem águas mais rasas, em um processo de empolamento da onda descrito abaixo. Um tsunami pode ocorrer em qualquer estado de maré, e até mesmo na maré baixa pode inundar áreas costeiras.


TSUNAMIS GERADOS POR TERREMOTOS
Um terremoto pode gerar um tsunami se o tremor:
  • Ocorrer logo abaixo de um corpo de água,
  • For de magnitude moderada ou alta, e
  • Deslocar um volume bastante grande de água.

CARACTERÍSTICAS
Enquanto ondas de vento diárias tem um comprimento de onda (de crista a crista) de cerca de 100 m e uma altura de aproximadamente 2 m, um tsunami no oceano profundo tem um comprimento de onda de cerca de 200 km. Essa onda viaja mais de 800 km/h, mas devido ao enorme comprimento de onda a oscilação da onda em qualquer ponto tem 20 ou 30 minutos para completar um ciclo e tem uma amplitude de apenas 1 m. Isso torna difícil detectar tsunamis sobre águas profundas. Navios raramente notam a sua passagem.
À medida que o tsunami se aproxima da costa e as águas se tornam rasas, o empolamento da onda comprime a onda e sua velocidade diminui abaixo de 80 km/h. Seu comprimento de onda diminui para menos de 20 km e sua amplitude cresce enormemente, produzindo uma onda claramente visível. Desde que a onda ainda tenha esse longo comprimento de onda, o tsunami pode levar alguns minutos para chegar a altura máxima. Exceto para os tsunamis muito maiores, a onda ao se aproximar não quebra, mas aparece como um movimento rápido macaréu. Baías abertas e zonas costeiras adjacentes às águas muito profundas podem moldar o tsunami de forma a deixá-lo ainda mais alto.

AMEAÇAS FUTURAS


Em 2001, cientistas previram que uma futura erupção do instável vulcão Cumbre Vieja em La Palma (uma ilha das Ilhas Canárias) poderia causar um imenso deslizamento de terra para dentro do mar. Nesse potencial deslizamento de terra, a metade oeste da ilha (pesando provavelmente 500 bilhões de toneladas) iria catastroficamente deslizar para dentro do oceano. Esse deslizamento causaria uma megatsunami de cem metros que devastaria a costa da África noroeste, com um tsunami de 30 a 50 metros alcançando a costa leste da América do Norte muitas horas depois, causando devastação costeira em massa e a morte de prováveis milhões de pessoas. Especula-se também acerca da possibilidade de tal cataclisma atingir a costa norte brasileira, fato que desperta a preocupação de algumas autoridades, tendo em vista a inexistência de qualquer mecanismo de prevenção de tsunamis no Brasil.

Wilson Teixeira, professor do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo (USP), explicou que as chances de um tsunami no Brasil são praticamente inexistentes. "O país fica no interior de uma placa tectônica bem antiga. Todos os registros de tremor ou movimento das bordas das placas que chegam ao nosso continente são muito fracos, o que elimina o risco. E, além disso, o oceano Atlântico não tem registros de terremotos da mesma magnitude que o Índico", afirma o geólogo, que foi o responsável pela criação de um ambiente simulador de tsunami no museu Estação Ciência de São Paulo.

Além disso, o professor explica que as placas que recobrem o planeta se movem em velocidades diferentes, e aquela sobre a qual o Brasil está se move com uma velocidade muito menor do que as da Ásia e da Oceania. "Por ano, as placas do oceano Atlântico sofrem uma separação de 2 cm, enquanto naquelas regiões são 8 cm. Por isso, não há chance de eventos agressivos aqui”, diz.Na época da tragédia na Ásia, em 2004, especulou-se que o oceano Atlântico também tenha sofrido reflexos da movimentação das águas no Índico. “Houve muita discussão a esse respeito, porque alguns dias depois foi medida uma movimentação estranha de ondas do nosso litoral. No entanto, jamais se chegou a uma conclusão se isso seria uma resposta muito distante do que aconteceu lá ou somente picos anômalos de maré no Atlântico”, explica o professor.

Outra especulação é se um evento vulcânico nas Ilhas Canárias espanholas poderia causar um tsunami. “É uma hipótese meramente teórica que não se confirma”, declara o especialista.


Fonte: Pesquisa

 

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Sandy: antes e depois

O Departamento de Pesquisa Geológica dos Estados Unidos, USGS, divulgou no último dia 9 fotos aéreas mostrando o antes e o depois da passagem da tempestade extra-tropical Sandy na costa do atlântico.
O maior impacto pode ser observado no extremo oeste de Nova Jersey e noroeste de Nova York. Ondas de até 10 meros de altura invadiram praias, derrubaram edifícios, arrancaram árvores, destruíram postes e cabos de eletricidade, devastaram estradas e cobriram as cidades de areia.
Vista Oeste de Mantoloking, na costa de Nova Jersey.
Neponsit, Nova Yorque, próximo ao Porto.
Montoloking, Nova Jersey.

Seaside Height Pier, Nova Jersey.A estrutura da Montanha Russa (parte inferior à direita) foi atirada ao oceano.

O que acontece…
EFEITO DA MARÉ CICLÔNICA
A violência do efeito observado é devido ao fenômeno meteorológico conhecido como Maré Ciclônica (storm surge, em inglês). Ela é causada principalmente pelos fortes ventos que empurram a superfície do Oceano. O vento faz com que a água se empilhe mais elevadamente do que no nível do mar normal. Esse efeito, combinado com a baixa pressão e vento persistente por sobre a massa de águas rasas, é a causa mais comum dos problemas de inundações causados pela Maré Ciclônica.


Fonte: Comunitexto





sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Ondas já produzem energia elétrica

Se pensava que Peniche (Portugal) só era famosa no surf, então leia com atenção: o Waveroller já produz energia elétrica a partir das ondas. Máquina única a nível mundial está no fundo do mar, a 900 metros da costa, perto do Baleal.

O último relatório sobre energias renováveis publicado há poucos dias pela Direção Geral da Energia e Geologia (DGEG) não deixa margem para dúvidas. Portugal voltou a ter energia elétrica produzida a partir da força das ondas.

Há três anos já tinha havido uma experiência com o Pelamis, na Aguçadoura (Póvoa de Varzim), mas agora é o Waveroller (de origem finlandesa), que já está em teste no fundo do mar de Peniche, na zona do Baleal, a cerca de 900 metros da costa.

O Waveroller é já a segunda fase de um projeto que nasceu há cerca de dois anos, em articulação com a Eneólica (do grupo Lena) e a finlandesa AW Energy. Ou seja, este protótipo pré-comercial surge na sequência de uma experiência anterior, a uma escala muito menor, mas que correu muito bem "e superou todas as expectativas", nota Leocádio Costa, da AW Energy.

Mais de seis milhões no fundo do mar

Custou perto de €6,5 milhões (em grande parte financiados por programas comunitários) e pesa 600 toneladas. Tem 43 metros de comprimento, por 18 de largura e 12 de altura. Mais de 50% desta estrutura submarina terá incorporação nacional.

Está desde agosto colocado no fundo do mar, onde as suas pás gigantes vão oscilando com a força das ondas que lhe passam por cima. Com esse movimento é acionado um dispositivo que transforma a energia das ondas em energia elétrica. Essa energia é depois enviada para a costa por um cabo submarino, onde é recebida por um transformador que depois a injeta na rede.

Fonte: GeofisicaBrasil

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Our Story in 1 Minute

 

Desde o Big Bang até a civilização atual - confira esse vídeo!

 

Our Story in 1 Minute

Veja a Estação Espacial Internacional sobre sua casa

Você sabia que, depois do Sol e da Lua, a Estação Espacial Internacional é o objeto mais luminoso dos nossos céus? Ou seja, é possível, sim, vê-la a olho nu - se você tiver sorte de encontrá-la orbitando sobre sua cidade ou se fizer inscrição no serviço da Nasa que te avisa quando ela passará sobre sua casa. O Spot The Station pede apenas que você cadastre sua localização e seus contatos para recebar um SMS ou um e-mail com o horário em que você poderá observar a EEI.

Se você fizer a inscrição, a Nasa avisa que a EEI, ao passar por sua cidade, irá se parecer com um avião passando a uma velocidade alta nos céus. E as chances de vê-la não serão poucas. Todas as semanas, o Centro de Controle Espacial Johnson, em Houston, estima mais de 4 mil localidades nas quais ela pode ser vista. Mas vale lembrar que você só receberá notificações em que o ângulo de visão seja bacana e que ofereça a você um tempo significativo de observação.

estação espacial

 

Fonte: Galileu/NASA

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Esri disponibiliza visualização 3D no ArcGIS Online

A Esri anunciou a disponibilidade do visualizador Web CityEngine para ArcGIS Online, permitindo que qualquer pessoa com um navegador habilitado para WebGL navegue e explore as cidades em ambientes em 3D criados no CityEngine 2012.

O CityEngine foi incorporado pela Esri quando a companhia adquiriu a Procedural. O software permite a criação relativamente rápida de modelos de cidades em 3D, pode ser usado para várias aplicações, desde jogos e filmes a propostas de desenvolvimento e visualização. Até agora, porém, os modelos ficavam restritos aos computadores, sendo difícil seu compartilhamento.

Com o visualizador Web, qualquer pessoa que possua um navegador de internet com a função WebGL habilitada, pode navegar não apenas por modelos tridimensionais, mas também pode procurar por objetos rotulados, ligar ou desligar as camadas criadas pelo modelador de maneira que só visualize o que lhe interessa, e até mesmo ajustar a iluminação de modo a refletir a posição do sol em uma determinada hora do dia. É uma ferramenta que pode ser utilizada para muitas aplicações e por vários profissionais, tais como arquitetos, urbanistas, desenvolvedores de jogos e outros.

Os interessados em visualizar modelos 3D no ArcGIS Online, deve ter um navegador web que suporte WebGL .

Fonte: Mundogeo

Veja também:

IBGE lança novos mapas digitais de estados brasileiros

Pesquisador filma vulcão a 27m

Geoff Mackley, conhecido vulcanólogo neozelandês, divulgou um vídeo em que aparece a 27 metros de distância de um vulcão em atividade na ilha de Malakula, em Vanuatu.

O pesquisador desceu aproximadamente 400 metros por uma tirolesa junto com o colega Bradley Ambrose, fator que tornou ambos as pessoas a chegarem mais próximas deste vulcão.

Para chegar ao vulcão e registrar as cenas impressionantes, Geoff e sua equipe passaram 35 dias suportando as altas temperaturas e enfrentando dificuldades para respirar.

Segundo o pesquisador, na distância em que ele ficou só é possível aguentar o calor por 6 segundos. Com equipamentos para respirar e um traje especial para se aproximar do fogo, ele conseguiu aguentar durante cerca de 40 minutos.

Confira as filmagens espetaculares registradas por Geoff:

 

Pesquisador filma vulcão a 27m

Fonte: Superinteressante

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Novo mapa geológico do mundo

Pesquisadores britânicos recolheram informações de 117 países para unir imagens de alta definição com detalhes geológicos

Há cinco anos, pesquisadores britânicos mobilizaram centros de estudos de diversas partes do planeta para formar o OneGeology, um mapa geológico do mundo. Segundo Ian Jackson, coordenador do projeto, foi preciso superar barreiras financeiras, tecnológicas e políticas de cada país para tornar disponível na internet dados padronizados de 138 organizações de 117 nações.

A Rússia, por exemplo, tornou públicas suas informações geológicas há apenas um mês e meio. "Alguns países têm restrições em divulgar os dados, mas há exemplos como o Canadá, que tem muitos recursos e quer atrair o maior número de mineradoras para o país. E o melhor jeito de fazer isso é fornecer as melhores informações possíveis", diz Jackson, que apresentou o OneGeology no encerramento do 46º Congresso Brasileiro de Geologia, em Santos no início do mês.

No site do projeto (http://www.onegeology.org/), é possível obter imagens em alta resolução que detalham a geologia de diversas partes do mundo. O objetivo, segundo os idealizadores, é obter informações de todos os cerca de 200 centros de pesquisa geológica do planeta.

Países tradicionalmente mais fechados, como os asiáticos China e Coreia do Norte, ainda mantêm sigilo. Outros, por causa da falta de centros de pesquisa, têm recebido ajuda externa. "O Suriname, por exemplo, recebeu apoio tecnológico da Holanda para compilar e digitalizar os dados", explica Jackson. "Os dados serão tão exatos quanto exatas forem as informações oferecidas por cada país. Principalmente na África, ainda há regiões com pouquíssima qualidade."

Os dados mais detalhados vêm da Grã-Bretanha - escocês, Jackson faz parte do British Geological Survey. "Quando o projeto começou, não havia tecnologia para produzir imagens de alta resolução. Agora, é possível obtê-las mesmo em grandes áreas como a China. Mas depende da disposição de mandar essas informações", diz ele.

Valorização

No País, os dados são fornecidos pelo Serviço Geológico do Brasil, com proporção de 1 para 1 milhão, considerada de qualidade regular pelos coordenadores do projeto. "Cerca de 3% do PIB brasileiro é destinado à pesquisa mineral. Na Austrália, o porcentual é de 19%", diz Fábio Machado, presidente do congresso e professor da Unifesp. "Esses dados podem ajudar a evitar deslizamentos de terras como os ocorridos no Rio, por exemplo."

Ele afirma que os investimentos em pré-sal têm valorizado a profissão no País. "O Brasil possui cerca de 8 mil geólogos e deve precisar de mais 10 mil para suprir a demanda", diz Machado. "Os salários iniciais hoje podem girar em torno de R$ 8,5 mil."

Fonte: Estadão

sábado, 11 de agosto de 2012

Cientista descobre placas tectônicas em Marte parecidas com as da Terra


Professor da Universidade da Califórnia analisou dois blocos do planeta.
Até agora, pensava-se que só a Terra tinha essas estruturas geológicas.

Um cientista da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), nos EUA, anunciou a descoberta de placas tectônicas em Marte. Os resultados estampam a capa da edição de agosto da revista "Lithosphere".

Por muitos anos, pensava-se que essas estruturas geológicas localizadas logo abaixo da superfície do planeta – cujos movimentos por aqui resultam em terremotos, tsunamis e erupções vulcânicas – fossem exclusivas da Terra. Ao todo, nosso globo tem sete placas principais e outras dezenas menores, comparadas a uma "casca de ovo" rachada, que nos protege do magma contido no interior.

Segundo o professor de ciências espaciais e da Terra Um Yin, único autor do estudo, o planeta vermelho está em um estágio primitivo desse fenômeno, o que pode ajudar a entender como ocorreu a formação desses blocos na nossa litosfera, composta por duas camadas: a crosta terrestre e o manto superior.

Yin fez a descoberta ao analisar cem imagens de satélite de uma nave da agência espacial americana (Nasa) chamada Themis e também da câmera HiRISE, da sonda Mars Reconnaissance Orbiter, que orbita Marte. Uma dúzia dessas fotos revelaram as placas tectônicas.

O pesquisador conduziu os trabalhos no Himalaia e no Tibete, onde duas das maiores placas da Terra se encontram. De acordo com ele, muitas das características das falhas dessas regiões, e também da Califórnia, se assemelhavam às de Marte.

O professor viu, por exemplo, deslizamentos de terra, um desfiladeiro e um penhasco – comparável às falésias (escarpa íngreme à beira-mar, feita por erosão) do Vale da Morte, na Califórnia – que só podem ter se formado por uma placa tectônica.

Vale da Mariner
A superfície marciana tem o sistema mais longo – com mais de 4 mil km, nove vezes maior que o Grand Canyon, no Arizona – e profundo de cânions do Sistema Solar, conhecido como Vale da Mariner, em homenagem à antiga sonda Mariner 9, que descobriu essa região em 1971.

Yin diz que, ao contrário de outros cientistas, que achavam que aquela era uma fenda pontual que se abriu, ele acredita que esse seja o limite de duas placas, que se movem horizontalmente por quase 150 km.

A Falha de San Andreas, em São Francisco, na Califórnia, também está sobre a intersecção de duas placas, e já se chocou pelo dobro dessa distância, mas a Terra é cerca de duas vezes maior que Marte, então o fenômeno entre os dois planetas se torna equivalente.
De acordo com Yin, a falha está ativa, mas raramente "acorda", a cada um milhão de anos ou mais. Ele crê que o planeta não tenha mais que essas duas placas.

Além disso, Marte tem uma zona vulcânica linear, algo típico de onde existem esses blocos sob a superfície. Isso não ocorre nos outros planetas do Sistema Solar, segundo Yin.

O que o pesquisador ainda quer investigar é o quão abaixo da crosta de Marte essas placas estão localizadas e por que elas se movimentam em um ritmo tão lento, mas de alta magnitude.

Placas tectônicas de Marte foram analisadas por imagens de satélite (Foto: Google Mars/Mola Science Team)

Fonte: G1

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Gôndola leva turistas para interior de vulcão na Islândia


Visitantes descem cerca de 120 metros para conferir câmara interior de cratera.

Uma agência de viagens da Islândia está levando turistas para dentro de um vulcão com a ajuda de gôndolas usadas para limpar janelas de prédios. O vulcão é o Thrihnukagigur e sua última erupção ocorreu há mais de 4 mil anos. Segundo a agência, não há indicações de que ele volte a expelir lava em um futuro próximo.

O vulcão, formado por três crateras, fica a 20 quilômetros da região da capital islandesa, Reykjavik. Os visitantes descem em uma das crateras, divididos com grupos de cinco, por uma gôndola semelhante às usadas para a limpeza de janelas do lado de fora de edifícios. Neste “elevador”, os turistas descem 120 metros durante dez minutos, até chegar ao fundo da cratera. Por cerca de uma hora, os turistas podem caminhar pela grande câmara formada dentro do vulcão e observar a grande variação de cores no local.

A Islândia fica sobre a junção de duas placas tectônicas e registra grande atividade vulcânica e sísmica - sendo, por isso, estudada com interesse por sismólogos. Em 2010, a erupção de outro vulcão islandês, o Eyjafjallajokul, paralisou o tráfego aéreo na Europa.

Fonte: G1









sexta-feira, 25 de maio de 2012

Cristais podem ajudar a prever erupções vulcânicas


Estrutura se forma no magma antes de uma erupção. Mais de 500 milhões vivem perto de vulcões e seriam beneficiados.

Uma descoberta publicada na edição desta sexta-feira (25) da revista “Science” pode prever com mais eficácia as erupções vulcânicas. A técnica recorre a pequenas mudanças que acontecem no interior da Terra.

A lava que é expelida pelos vulcões nada mais é que o magma, uma camada de rochas derretidas que ficam sob a crosta terrestre. Se uma erupção pega de surpresa a população que vive próxima aos vulcões, tem efeitos mortais. Estima-se que mais de 500 milhões de pessoas morem nessas áreas.

A equipe de Kate Saunders, da Universidade de Bristol, na Inglaterra, encontrou alterações na estrutura química do magma que ocorrem antes de uma erupção. Ocorre maior formação de cristais na câmara magmática, região dos vulcões onde se acumula a rocha líquida.

O estudo foi feito com análises químicas e observações sísmicas de uma erupção do Monte Santa Helena, no noroeste dos Estados Unidos, que teve uma grande erupção em 1980. “Uma correlação entre o surgimento de cristais e a atividade sísmica vulcânica já era esperada, mas ver uma evidência tão clara dessa relação é extraordinário”, afirmou Saunders, em material de divulgação da universidade.

Imagem em cor falsa dos cristais encontrados (Foto: Kate Saunders/Divulgação)
Fonte: G1


sexta-feira, 13 de abril de 2012

CPRM amplia conhecimento geológico no Rio Grande do Norte

O Rio Grande do Norte é reconhecido no cenário nacional como um estado tradicionalmente mineiro, estando recentemente entre os mais procurados para investimentos na área da mineração.

Desta forma, a implementação de estudos geológicos é um instrumento de suma importância para subsidiar as políticas públicas nas esferas municipais, estaduais e federais, bem como representar um atrativo para novos investimentos do setor mineral com consequente desenvolvimento econômico regional.

Neste contexto o Serviço Geológico do Brasil, através da Superintendência Regional de Recife/Núcleo de Apoio de Natal iniciou, em 2011, um levantamento geológico, geoquímico e dos recursos minerais, na escala 1:100.000 da Folha São José do Mipibú, que corresponde a uma área de 3.000Km2 e abrange, total ou parcialmente, 23s municípios no litoral sudeste do estado do Rio Grande do Norte e um pequeno segmento na porção nordeste do estado da Paraíba, abrangendo outros três municípios.

Os principais recursos minerais que ocorrem na folha são os de aplicação na indústria da construção civil, tais como cascalho, areia, caulim, diatomita e brita. Este material está sendo cadastrado, caracterizado e as informações serão disponibilizadas para o atendimento adequado do consumo da região, bem como possíveis ampliações das atividades extrativas. A localização da folha próxima ao centro urbano consumidor da grande Natal favorece a extração das reservas devido à redução dos custos principalmente no fator transporte.

Neste trabalho, ainda pretende-se agregar qualidade à cartografia pelo detalhamento de unidades geológicas a partir de novos dados de campo, literatura, aerogeofísica, geocronologia, litoquímica e geoquímica prospectiva. Ressalta-se ainda que a região é conhecida pelas belíssimas paisagens naturais caracterizando um importante patrimônio geológico.

Fonte: CPRM

sexta-feira, 30 de março de 2012

Movimento dos oceanos


Vídeo da NASA mostra o movimento dos oceanos.
Simulação em computador mostra como é o fluxo das correntes marítimas ao redor do planeta

Com 71% da superfície da Terra coberta por água, não é de se espantar a importância dos oceanos para a manutenção do equilíbrio ambiental no planeta. E tanta água, obviamente, se movimenta ao redor do globo. E para mostrar um pouco dessa movimentação, a NASA divulgou uma animação que mostra o fluxo de dezenas de correntes marítimas ao redor do planeta.

A animação foi produzida com o auxílio do modelo computacional ECCO2 (Estimating the Circulation and Climate of the Ocean, Phase II), responsável por simular o movimento dos oceanos e do gelo oceânico em todas as profundidades possíveis. Esta animação, porém, representa apenas o fluxo na superfície, entre os anos de 2005 e 2007.

O vídeo não tem narração nem história. O objetivo, segundo a NASA, é apenas criar uma experiência visual visceral e simples para que os espectadores observem em detalhes como é o movimento dos mares.

Confira abaixo o vídeo:

http://youtu.be/p3h-O6nVPpc


Fonte: Revista exame

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Mergulhador fotografa divisão entre placas tectônicas na Islândia

O britânico Alexander Mustard documentou um mergulho entre as placas tectônicas da América do Norte e da Eurásia, que se afastam a cada ano.


O fotógrafo britânico Alexander Mustard registrou o mergulho que ele e outros colegas fizeram na fenda entre as placas tectônicas da América do Norte e da Eurásia.

A aventura para conhecer a "fronteira" entre as duas placas ocorreu no Parque Nacional Thingvellir, na Islândia. A paisagem submersa do parque é cheia de vales, falhas e fontes de lava, formados pelo afastamento gradual entre as duas placas, que se distanciam cerca de 2,5 centímetros uma da outra a cada ano.

Os mergulhadores que participaram da expedição desceram cerca de 24 metros na fenda entre as placas, mas chegaram a até 60 metros de profundidade em cânions como o Silfra e o Nikulasargia. Mustard, de 36 anos, diz que as imagens mostram 'o mundo submarino único da Islândia, que, assim como a ilha, é formado por paisagens vulcânicas'.

A lava e o vapor quente na interseção entre as placas criou também a chaminé hidrotermal Arnarnes Strytur, visitada pelos mergulhadores. A água é expulsa da chaminé 80°C e forma uma coluna turva ao entrar em contato com a água do mar, que está a 4°C.

Alexander Mustard é especializado em imagens submarinas. Um de seus trabalhos mais conhecidos é o registro fotográfico de destroços de navio no fundo do mar ao redor do mundo.

Placas tectônicas

A noção de placas tectônicas foi desenvolvida nos anos 1960 para explicar as localizações dos vulcões e outros eventos geológicos de grande escala.

De acordo com a teoria, a superfície da Terra é feita de uma "colcha de retalhos" de enormes placas rígidas, com espessura de 80 km, que flutuam devagar por cima do manto, uma região com magma nas profundezas da terra.

As placas mudam de tamanho e posição ao longo do tempo, movendo entre um e dez centímetros por ano - velocidade equivalente ao crescimento das unhas humanas.

O fundo do oceano está sendo constantemente modificado, com a criação de novas crostas feitas da lava expelida das profundezas da Terra e que se solidifica no contato com a água fria. Assim, as placas tectônicas se movem, gerando intensa atividade geológica em suas extremidades.

As atividades nestas zonas de divisa entre placas tectônicas são as mesmas que dão origem aos terremotos de grande magnitude.

Fonte: G1
Fotos: Alexander Mustard / Solent


Mergulhadores chegaram a atingir até 60 metros de profundidade.

Fotos foram tiradas nas imediações do Parque Nacional Thingvellir

Fenda entre duas placas tectônicas foi estudada. A da América do Norte à esquerda e
Eurásia à direita.
A lava e o vapor quente na interseção entre as placas também provocou fraturas no fundo da chamada
Lagoa Azul, no Parque Nacional Thingvellir

Alexander Mustard é especializado em fotografia no fundo do mar

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Mineral raro presente na Lua foi encontrado na Austrália

Mineral aparece em minúsculas quantidades e não tem valor econômico, mas poderia ser útil para determinar a idade das rochas em que foi encontrado.

Um mineral raro, chamado tranquillityita, que somente havia sido encontrado em mostras rochosas da Lua há mais de quarenta anos, foi descoberto na Austrália, confirmaram fontes científicas à Efe.

"É incrível que a tranquillityita exista há todo esse tempo em rochas na Terra  e que tenham se passado uns 40 anos desde que foi encontrado na Lua para fosse detectado aqui", disse Birger Rasmussen, líder da equipe da Universidade de Curtin, que fez a descoberta.

A tranquillityita deve seu nome ao Mar da Tranquilidade, superfície da Lua onde o mineral raro foi encontrado pela primeira vez, junto à armalcolita e ao pyroxferroite, durante uma expedição da Apolo XI em 1969.

Os dois últimos minerais foram encontrados na Terra nos anos seguintes à viagem à Lua, e há dois anos foi detectada a presença da tranquillityita em mostras rochosas da Austrália Ocidental.

Três longas e exaustivas análises confirmaram que se trata do mesmo mineral encontrado na Lua. Segundo os geólogos, o desenvolvimento da ciência desde 1969, que agora permite moer as pedras em pós extremamente finos para submetê-los a testes isotópicos ou para determinar sua idade, foi muito útil para detectar a presença do mineral na Terra.

A descoberta ocorreu por acaso, quando o grupo de cientistas estava analisando detalhadamente fatias da rocha com um microscópio para detectar elétrons.

O mineral, de cor marrom avermelhada, tem forma de pequenas agulhas mais finas que o diâmetro do cabelo humano, e sua composição tem principalmente sílica, zircônio, titânio e ferro. A tranquillityita, que até agora foi encontrada em seis locais da Austrália Ocidental, está presente em rochas ígneas como a dolerita, conhecida popularmente como "granito negro" e é um dos últimos minerais que se cristalizam do magma.

"De fato, suspeitamos que a tranquillityita logo será reconhecida em rochas similares à dolerita no mundo todo", dizem os cientistas.

O mineral, que aparece em minúsculas quantidades e não tem valor econômico, poderia ser útil para determinar a idade das rochas em que o mineral foi encontrado.

Fonte: Estadão