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terça-feira, 17 de setembro de 2013

Maior vulcão da terra é descoberto no Oceano Pacífico

Um vulcão do tamanho do Novo México ou das Ilhas Britânicas foi identificado sob o Oceano Pacífico, cerca de 1.600 km a leste do Japão, tornando-se o maior vulcão da Terra. Chamado de Tamu Massif, pensava-se que este gigante era um composto de estruturas menores. Depois de estudar amostras de rochas, o grupo de cientistas da Universidade de Houston, nos Estados Unidos, acredita que o vulcão é o responsável pela formação da cordilheira submarina Shatsky.

William Sager, professor do Departamento de Ciências Atmosféricas e da Terra da Universidade de Houston, começou a estudar o vulcão há 20 anos. Os cientistas já sabiam sobre a cadeia montanhosa submarina Shatsky desde o início do século 20, quando foi mapeada, segundo Sager: “Sabíamos que era uma grande cordilheira, mas nós não sabíamos o que a estrutura era e como se formou”. Até então os cientistas pensavam que a ascensão Shatsky era um composto de vários vulcões, em um processo similar à forma como a principal ilha do Havaí formada pela erupção de cinco vulcões separados que estavam nas proximidades.


Localização

Tamu Massif mede cerca 450 por 650 km ou mais de 100.000 quilômetros quadrados. Seu topo fica a cerca de 2.000 metros abaixo da superfície do oceano, enquanto a base se estende até cerca de 6,4 km de profundidade. Tamu Massif supera o maior vulcão ativo na Terra, Mauna Loa, no Havaí, que mede cerca de 200 quilômetros quadrados, ultrapassando até o famoso Monte Olimpo de Marte.

Megavulcões: Tamu Nassif não é tão alto quanto Mauna Loa, mas é o mais extenso vulcão da terra ultrapassando o Monte Olimpo em Marte. Fonte: http://www.nature.com

Além do tamanho, o Tamu Massif também se destaca por seu formato: é um vulcão-escudo, nome dado aos vulcões que têm forma de uma larga montanha, com o perfil de um escudo. Ele é relativamente baixo e amplo, o que indica que a lava expelida deve ter percorrido longas distâncias antes de resfriar, diferentemente da maioria dos vulcões, que costumam ser pequenos e verticais.

A inclinação no interior das camadas de lava do vulcão Tamu Massif indica que este se formou a partir de uma abertura vulcânica central. Fonte: William Sager, University of Houston.

A equipe de pesquisadores estudou amostras de núcleo e constatou que a enorme massa de basalto que compõe o vulcão entrou em erupção a partir de uma única fonte. A equipe também realizou análises geoquímicas a partir de amostras do núcleo extraídas do maciço e descobriram que a enorme estrutura era composta da mesma rocha e da mesma idade.
Na descoberta publicada no jornal científico Nature Geoscience os cientistas da Universidade dizem, contudo, acreditam que possam ainda existir outros vulcões maiores, mas que simplesmente não foram encontrados. Até lá este será o maior do sistema solar.

Fonte: Comunitexto



sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Comunidade geológica em LUTO

Universitário do Pará que sumiu no Tocantins é encontrado morto. Corpo estava a 15km de onde o jovem foi visto pela última vez. Alunos de geologia da UFPA faziam treinamento na região norte do TO.

O estudante de geologia da Universidade Federal do Pará (UFPA) Yego Cunha Leal, de 21 anos, foi encontrado morto no final da manhã desta quarta-feira (28), na região de Babaçulândia, extremo norte do Tocantins. Ele estava desaparecido desde o último domingo (25), quando fazia um treinamento de mapeamento geológico no local.

Conforme informações do Corpo de Bombeiros, o corpo estava embaixo de uma árvore, a 15 km do lugar onde o jovem foi visto pela última vez. Ainda segundo bombeiros que participaram das buscas, não foram verificadas marcas de violência no corpo do jovem. Uma hipótese é que ele tenha morrido por desidratação, já que estava em um local onde é muito quente nessa época do ano. A área foi isolada para aguardar a chegada da perícia.

O corpo foi levado para o Instituto Médico Legal de Araguaína, cidade a cerca de 60 km do local. Conforme informações da perícia, uma primeira avaliação sugere que Yego pode ter morrido há dois dias.

Desde segunda-feira (26), os bombeiros faziam buscas para encontrar o jovem. E na terça-feira, os policiais receberam uma informação falsa sobre o paradeiro e o estado de saúde de Yego, se deslocaram até o local indicado, a Serra do Cavalo, mas não acharam o rapaz. A namorada do estudante, Milena Costa, também recebeu a notícia de que Yego havia sido resgatado com vida e chegou a comemorar. Milena acreditava que o desaparecimento de Yego seria "apenas um susto", e fazia planos para reencontrá-lo assim que ele fosse resgatado.

Os colegas de Yego Cunha Leal, que permanecem no Tocantins, estão abalados com a notícia da morte dele. Felipe Oliveira, um dos amigos do estudante, conheceu Yego antes mesmo de ingressarem no curso de geologia da UFPA. "Nós fizemos cursinho juntos lá em Belém. O Yego é de uma cidade perto de Belém e por isso escolheu fazer cursinho lá. Foi onde a gente se conheceu", relata.

De acordo com Oliveira, o jovem era apaixonado pelo curso de geologia e muito querido pelos colegas. "Ele gostava de fazer piadas e é um cara companheiro. Não é à toa que todos ficamos aqui", desabafa. O colega conta que a turma está no quinto dos dez períodos do curso e que Yego já tinha experiência em atividades de campo: "Esta é a quarta vez que a gente vem ao Tocantins. O Yego conhecia bem esta região."

No último domingo (25), o grupo de estudantes participava de um treinamento de mapeamento geológico na região entre Babaçulândia e Wanderlândia, norte do Tocantins, quando dois colegas de Yego teriam passado mal por insolação. Ele, acompanhado do professor Antônio Emídio de Araújo Santos Júnior, foram buscar o carro para socorrê-los. No caminho Yego também teria passado mal pela mesma razão. O professor pediu que ele esperasse no local até que voltasse com o carro, mas quando retornou o estudante havia sumido.

ufpa-maraba-estudante-yego-cunha-lealCorpo de estudante foi encontrado embaixo de uma árvore (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

terça-feira, 9 de abril de 2013

A profissão de oceanógrafo

A oceanografia está enquadrada entre as Ciências Exatas e da Terra, consistindo basicamente na investigação das características bióticas e abióticas de mares, rios, lagos e oceanos, assim como os processos que afetam estes ambientes.

A formação técnico-científica em oceanografia fornece os conceitos necessários para pesquisar os seres animais e vegetais que compõe a biodiversidade marinha, os fenômenos climáticos que interferem nestes ambientes e a composição do solo e das águas.

Nos últimos 30 anos, esta área sofreu uma expansão, graças a aquisição de navios oceanográficos, satélites artificiais, bóias automáticas, e um enorme avanço na computação e em técnicas de análise. Confira abaixo como iniciar os estudos nesta área e maiores detalhes sobre o mercado de trabalho para oceanógrafos.

Como está o mercado de trabalho?

A profissão foi regulamentada em 2008, fator que ampliou seu reconhecimento social e as ofertas de emprego no setor. Outro detalhe que impulsionou esse mercado de trabalho foi a mudança nos paradigmas sociais, que levaram empresas a se preocuparem com o crescimento sustentável.

Com isso, as melhores oportunidades estão nas consultorias ambientais que prestam serviços a empresas privadas, como a petrolífera Shell, ou relacionadas às áreas de mineração, pesca e meteorologia. Projetos ligados a organizações não governamentais (ONGs) e concursos públicos também oferecem boas oportunidades.

Em relação aos salários, a Associação Brasileira de Oceanografia estima que a média mensal destes profissionais varia entre R$ 2.500,00 e R$ 3.000,00. Apesar disto, este valor pode chegar até R$ 10.000,00 para cargos de gerência.

Entre as principais funções do oceanógrafo estão o monitoramento e gerenciamento de projetos para conservação de áreas costeiras e recursos marinhos renováveis e não-renováveis, o exercício da aqüicultura, supervisionando o cultivo de organismos aquáticos em cativeiro, a atuação em parques marinhos e a elaboração de estudos de impacto ambiental.

Cursos

Os dois primeiros cursos de graduação do Brasil foram criados na década de 1970, sendo o primeiro em 1971, pela Fundação Universidade Federal do Rio Grande (FURG), e o segundo em 1977, na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

Atualmente existem treze cursos de oceanografia no Brasil, como apontou a Associação Brasileira de Oceanografia. Todos têm a duração de cinco anos e permitem a pesquisa aplicada em áreas de biologia, física, geologia ou química. Confira as diferenças entre cada uma delas:

Biológica: estuda a biodiversidade e os ecossistemas marinhos;

Física: analisa as correntes, marés e fenômenos climáticos;

Geológica: pesquisa a composição do solo marinho e dos fenômenos geofísicos

Química: tem o foco na composição das águas e a forma de recuperar ambientes aquáticos degradados ou em processos de degradação.

Em relação à grade de aulas, o Guia do Estudante pontuou que muitos cursos reservam parte da carga horária para aulas práticas e outra para matérias teóricas como cálculo, estatística, química, geologia, biologia, ecologia aquática, sistema oceano, física, bioquímica, geofísica, aqüicultura, biologia pesqueira, sistemas e processos costeiros e poluição marinha. Confira abaixo algumas das melhores universidades para cursar oceanografia, segundo o Guia do Estudante, e entre de vez nesta área:

Fonte: Comunitexto

Campo magnético terrestre e suas anomalias

O campo magnético da Terra funciona como uma proteção da radiação espacial, interagindo com as mesmas e desviando-as de sua trajetória inicial. Por isso, pode-se dizer que a Terra se comporta como um ímã gigante.

De acordo com o livro Geofísica de Exploração, nas vizinhanças de uma barra magnética desenvolve-se um fluxo magnético que flui de uma extremidade a outra, sendo estas extremidades conhecidas também como pólos. Na Terra, o pólo do magneto que tende a apontar na direção do pólo norte é chamado de norte magnético ou pólo positivo. Este pólo é balanceado por um sul magnético, ou pólo negativo de força idêntica, que fica na extremidade oposta do magneto. Confira na imagem abaixo:

Este fluxo magnético observado acima descreve a estrutura do campo magnético. A agulha da bússola aponta ao longo de uma linha de campo. Quanto mais próximas as linhas de campo, maior será a intensidade do mesmo e quanto mais afastado, mais fracos os campos magnéticos.

A força destes campos pode ser definida por constantes correspondentes a permeabilidade magnética do vácuo e a permeabilidade magnética relativa do meio que separa os pólos. Com isso, as forças podem ser atrativas se os pólos forem de sinais diferentes, ou repulsivas se forem do mesmo sinal.

Embora ainda não exista uma hipótese concreta para a origem do campo magnético terrestre, a teoria mais aceita diz que o campo magnético terrestre se origina das intensas correntes elétricas que circulam seu interior e não da existência de grande quantidade de ferro magnetizado também em seu interior.

Porque o campo magnético é importante para a geofísica?

Os geofísicos estudam o comportamento do campo geomagnético da terra, que consiste em um conjunto de fenômenos que resultam das propriedades magnéticas das rochas. Estas pesquisas são necessárias tanto para a redução de dados magnéticos para um datum apropriado quanto para a interpretação das anomalias resultantes dos processos. Além disso, o campo geomagnético é geometricamente mais complexo que o campo gravitacional da Terra, exibindo variações irregulares que precisam ser melhor compreendidas.

Anomalia Magnética do Atlântico Sul

O fenômeno, que acontece na região Sul do oceano Atlântico, passou a ser visível a partir da década de 1940 com o início da elaboração de mapas magnéticos. Apesar disto, as causas desta anomalia permaneceram desconhecidas até 2006, quando um estudo do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP mostrou que um fluxo reverso no núcleo da Terra é o responsável pelo fenômeno.

A pesquisa foi elaborada pelo geofísico Gelvam Hartmann que detectou pontos na região de encontro do manto e do núcleo terrestre, do fluxo reverso que se reflete na área da anomalia. De acordo com a pesquisa divulgada pela FAPESP, essas áreas de campo magnético de intensidade muito baixa comportam-se como janelas, falhas na teia magnética que protege a Terra do fluxo de partículas do Sol e do universo. Por isso, nessas regiões os astronautas ficam mais expostos à radiação, e há maior chance de ocorrer interferências nas ondas de rádio e problemas na transmissão de energia elétrica.

Apesar da descoberta, ainda não se sabe por que este fenômeno acontece somente no Atlântico Sul. Atualmente, o Brasil está completamente dentro da área de abrangência da Anomalia, e o seu centro encontra-se no Paraguai, mas, de acordo com Hartmann, há 400 anos ela se localizava no Sul do continente africano e apresentava intensidades maiores.

 

VOÇÊ SABIA…

… Que a NASA divulgou a descoberta de portais no campo magnético terrestre?

Segundo o portal da agência americana, Jack Scudder, cientista da Universidade de Iowa, nos Estados Unidos, conseguiu identificar a presença destas passagens no campo magnético terrestre por meio da análise de dados coletados pelas espaçonaves Themis e Polar da NASA e sondas espaciais da agência espacial européia. O cientista observou cinco combinações simples entre campo magnético e executou a medição de partículas que indicam a presença de portais, que de acordo com Scudder, são pontos nos quais o campo magnético terrestre se conecta ao do Sol, criando uma passagem ininterrupta entre o nosso planeta e a atmosfera solar, que se encontra a 150 milhões de quilômetros.

Ainda de acordo com as observações, estes portais possuem diferentes tamanhos e se abrem e fecham diversas vezes por dia. As passagens permitem a entrada de partículas capazes de aquecer as camadas mais externas da atmosfera do planeta, podendo desencadear tempestades geomagnéticas e dar origem às auroras boreais.

A agência espacial norte-americana pretende lançar uma missão em 2014 para estudar as passagens. Confira um vídeo divulgado pela agência e saiba mais sobre o fenômeno.

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=Xj8vaLhR0s0

Fonte: Comunitexto

segunda-feira, 8 de abril de 2013

CURSO BÁSICO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS UTILIZANDO O ARCGIS 10

PERÍODO: EM BREVE PROGRAMAÇÃO PARA ABRIL/13!!!

HORÁRIO: das 19h às 22h (2ª a 4ª)

CARGA HORÁRIA: 15 horas

PÚBLICO ALVO: Profissionais e estudantes que necessitam de um conhecimento básico em sistemas de informações geográficas, para inicio de projetos.

OBJETIVO: Capacitar profissionais e estudantes em sistemas de informações geográficas e utilização do ArcGIS.

PRÉ-REQUISITOS: Curso de Windows ou conhecimento equivalente.

INSTRUTOR: José Saraiva Plácido Júnior- Msc. em Geodinâmica. Há 12 anos, aplicando Sig nas aéreas da geociência, banco de dados espaciais, prospecção mineral, lavras de minas, processamento digital de imagens, geologia e geofísica marinha.

LOCAL: CREA – Av. Senador Salgado Filho, 1840 – Lagoa Nova - Natal/RN

INVESTIMENTO: R$ 200,00

FORMA DE PAGAMENTO: Parcela única através de Boleto Bancário

INSCRIÇÕES: https://www.boletomail.com.br/bstore.php?username=sintecrnbb

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:

Noções básicas de cartografia;

Georrefenciamento de imagens;

Vetorização de feições;

Criação de projetos no ArcGis;

Criação de shape files, edição de shape files, classificação de shape files e seus atributos;

Criação de mapas;

Publicação de shape files no Google Earth.

INFORMAÇÕES:

ProAP - CREA/RN
(84) 4006-7217 (Nathalia)
E-mail: proap@crea-rn.org.br

SINTEC/RN
(84) 3222-4383 (Helainy) - das 9h às 15h / (84) 9902-9955 (Gilvan)
Horário de Atendimento: 9h às 15h
E-mail: sintecrn@terra.com.br

Vagas no setor de geoinformação

 

Cargos:
1) Especialista em Geoprocessamento e Projetos: é necessário ter ensino superior completo em Agronomia, Geografia, Cartografia ou Agrimensura; conhecimentos dos softwares ArcGIS (essencial), Global Mapper, Google Earth, gerenciamento de banco de dados (SGBD), Spring OU Envi; pacote Office e domínio em Excel. Necessário ter experiência com ArcGIS, gerenciamento de dados, sensoriamento remoto e geoprocessamento.

2) Analista de Geoprocessamento: resquisitos superior completo em Geografia, Engenharia Cartográfica ou Agronomia; vivência nas áreas geoprocessamento e sensoriamento remoto; conhecimentos de análise ambiental; habilidades em estatística. São necessários ainda conhecimentos em pacote Office avançado, principalmente Excel; GPS; e nos softwares ArcGIS (essencial), Envi, Erdas e Global Maper.

3) Supervisor Técnico: Este cargo exige experiência com softwares de gerenciamento de dados e geoprocessamento (principalmente ArcGIS); superior completo em Geografia, Agronomia, Engenharia Cartográfica ou Engenharia Ambiental e conhecimento avançado em pacote Office.

Empresa: AgroTools Gestão e Monitoramento GeoEspacial de Riscos
Local: São José dos Campos (3 primeiros cargos)

Contato: Para participar do processo seletivo, os interessados devem acessar este link, com as oportunidades da AgrooTools.

 

Cargo: Especialista em Geoprocessamento. Esta seleção visa a contratação de pessoa física para o cargo de especialista em geoprocessamento para operacionalizar o observatório municipal. O período da consultoria vai de maio a outubro de 2013.
Empresa: Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO)
Local: São Félix do Xingu (PA)
Contato: Mais informações estão disponíveis na página da
vaga para Especialista em Geoprocessamento da FAO.

segunda-feira, 25 de março de 2013

Os 7 piores dias do planeta Terra

A formação do planeta Terra foi um período de grandes impactos. O que era um anel de gás e poeira foi formando “grumos”, que por sua vez se juntaram para dar forma ao planeta. Depois de alguns milhões de anos, a crosta da Terra já havia esfriado e solidificado, quando uma aproximação com um outro planeta acabou da pior forma possível: em uma colisão que lançou a atmosfera e parte da crosta terrestre no espaço.

O planeta hipotético que teria colidido com a Terra no início da sua “vida” recebeu o nome de Theia, e teria se formado ao mesmo tempo que o nosso, na mesma órbita. Com 10% da massa da Terra, mais ou menos o tamanho de Marte, o núcleo de Theia afundou e se tornou parte do núcleo terrestre, enquanto um pedaço de sua crosta se misturou a nossa crosta e também à massa que entrou em órbita.

Essa massa que entrou em órbita formou primeiro um disco de matéria, como os anéis de Saturno, e depois se agregou em um novo corpo, a lua. Com sua órbita inclinada, o satélite estabilizou a rotação da Terra que, sem o seu constante puxão gravitacional, estaria sujeita ao dos outros planetas, o que desestabilizaria seu eixo.

6 - O intenso bombardeio tardio

Levou cerca de 150 milhões de anos para a crosta terrestre resfriar e se solidificar novamente, quando outro “dia ruim” chegou: o intenso bombardeio tardio.

Por alguma razão desconhecida, depois que os planetas rochosos já estavam formados (e por isto o nome de “tardio”), uma chuva intensa de trilhões de asteroides e cometas atingiu o sistema solar interior. As causas podem ser alguma instabilidade nas órbitas dos gigantes gasosos, embora existam outras hipóteses.

Neste bombardeio, asteroides imensos atingiram o planeta. Alguns cientistas supõem que foi um período em que a vida se formava para em seguida ser apagada por um asteroide, e isto teria se repetido várias vezes.

Mas não há evidências na crosta terrestre deste bombardeio, que durou cerca de 200 milhões de anos. Qualquer cratera da época, cerca de 4,1 bilhões de anos atrás, foi apagada pela erosão.

As evidências deste bombardeio estão na lua, que tem algumas de suas maiores crateras datando daquela época. Qualquer chuva de asteroides que tenha atingido o satélite naquela época certamente atingiu a Terra também, além de Vênus, Mercúrio e Marte.

Mas há um ponto positivo no intenso bombardeio tardio. Alguns cientistas especulam que os metais que utilizamos hoje, entre eles platina, prata e ouro, foram depositados por estes asteroides, já que os metais que faziam parte do planeta teriam mergulhado para seu centro durante a fase em que a Terra estava liquefeita.

5 - Terra bola de neve

Este foi um cataclismo que durou centenas de milhares de anos, chamado Terra bola de neve, um período em que a Terra congelou completamente. E não só uma vez, mas várias vezes.

Durante uma era do gelo típica, as geleiras avançam dos polos em direção ao equador, atingindo, do lado norte, as regiões que hoje correspondem à Nova Iorque, nos Estados Unidos, e Paris, na França. Mas quando aconteceram os eventos “Terra bola de neve”, toda a superfície do planeta congelou, de polo a polo.

Os piores episódios de congelamento do planeta teriam acontecido primeiro a 2,4 bilhões de anos, e depois, 600 milhões de anos atrás. Não há evidências diretas destes períodos de congelamento, mas a hipótese da Terra congelada explica porque há depósitos de glaciares em áreas que já foram o equador do planeta.

E o que teria causado este cataclismo gelado? Talvez a própria vida. Quando surgiu a vida, o gás que ela respirava era metano, um gás de efeito estufa, que teria mantido o planeta aquecido até que surgiu a clorofila na Terra, e os microrganismos passaram a produzir oxigênio.

O oxigênio oxidou o metano e produziu dióxido de carbono, e as criaturas que viviam de metano morreram na assim chamada catástrofe do oxigênio. O desaparecimento da camada de metano acabou com o efeito estufa da época, e o planeta congelou.

A era do gelo provavelmente acabou por causa da atividade vulcânica do planeta, que era mais intensa na época, o suficiente para descongelar o planeta.

Curiosamente, depois de ambos os períodos de congelamento, a vida floresceu no planeta com vigor renovado, causando a diversificação de vida microbiana 2,4 bilhões de anos atrás, e a vida animal 600 milhões de anos atrás.

4 - A extinção ordoviciana

99% de todas a espécies que já existiram estão extintas, a maioria por causa de eventos de extinção em massa. O primeiro destes aconteceu durante o período ordoviciano, 450 milhões de anos atrás.

De todas as extinções em massa, a do ordoviciano é a mais misteriosa. Como ela aconteceu há mais tempo do que todas as outras, as pistas sobre o que ocorreu são as mais tênues.

A princípio, os cientistas acreditaram que a extinção foi causada por uma era do gelo, mas uma nova hipótese está se formando: a de que a Terra foi banhada por um disparo de raios gama. Este tipo de evento acontece quando uma estrela explode ao longo de seu eixo, nas duas direções, norte e sul.

Um disparo de raios gama que atingisse a Terra vaporizaria 1/3 da camada de ozônio, expondo os seres vivos à doses letais de radiação e à radiação UV, prejudicial a nós. Além disso, o raio gama romperia as moléculas de nitrogênio e oxigênio, produzindo um nevoeiro de dióxido de nitrogênio, o que causaria um desastre secundário – uma era do gelo.

Não há certeza se a suposta era do gelo foi causada por um disparo gama, mas é certo que as criaturas vivas que se arrastavam na superfície e camadas mais altas do oceano sofreram um decréscimo enorme, sugerindo que foram mortas por raios UV.

Outra hipótese mais fantástica é a de que a Terra sofreu as consequências de uma onda de choque. A galáxia viaja por um fluxo de gás intergaláctico, e quando a Terra afasta-se acima ou abaixo do disco galáctico, é exposta a raios cósmicos causados pelo aquecimento deste gás na onda de choque à frente do sistema solar.

Isto acontece a cada 64 milhões de anos, o que corresponde a uma diminuição e aumento da biodiversidade da vida a cada 62 milhões de anos, que aparece no registro fóssil. Estarão ligados, estes eventos? É uma hipótese que ainda está sendo desenhada e não foi testada, mas parece poder explicar algumas extinções em massa na Terra.

3 - A extinção KT

A extinção KT (do nome das camadas que ela separa, o Cretáceo e o Terciário) é a mais famosa. Aconteceu há 65 milhões de anos e foi causada pela queda de um asteroide, Chicxulub, na região do Iucatã que tem o mesmo nome. Ela liquidou os dinossauros e abriu caminho para o domínio dos mamíferos.

A novidade é que existe uma hipótese de que o asteroide Chicxulub não foi o único causador da extinção KT; ele teria sido apenas um coadjuvante. Um derramamento de lava que jorrou material suficiente para cobrir mais de um milhão de quilômetros quadrados, jogando gases tóxicos na atmosfera que poderiam alterar o clima da Terra, parece ser o principal culpado.

Este derramamento de lava já estaria acontecendo quando o asteroide Chicxulub deu o golpe de misericórdia nos dinossauros, na época já em declínio.

Também pode ser que tal golpe de misericórdia tenha sido múltiplo, com vários asteroides atingindo a Terra – Chicxulub não seria nem o maior deles.

Os defensores dos múltiplos impactos apontam para uma estrutura misteriosa no fundo do mar próximo da costa da Índia, que recebeu o nome de cratera Shiva. Mas os críticos apontam que a estrutura pode nem mesmo ser uma cratera de impacto.

E para quem está se perguntando se poderemos ter o mesmo fim dos dinossauros, a resposta é sim. A passagem do asteroide 2012 DA14 e a explosão do meteoro sobre a Rússia servem de aviso – isto pode acontecer novamente. Foguetes e tecnologia serão suficientes para nos salvar?

2 - A Grande Mortandade

Esta é a maior extinção em massa do planeta Terra, e uma que ainda tem mistérios não resolvidos. Aconteceu a 250 milhões de anos atrás, e resultou na morte de 95% de todos os seres vivos que haviam no planeta. Mais vidas morreram então do que em qualquer tempo antes e depois, até hoje.

Durante décadas, os cientistas procuraram por pistas para a causa de tanta morte, e um dos culpados supostos seria um supervulcão da Sibéria cuja erupção durou um milhão de anos e produziu o maior fluxo de lava de que se tem notícia. O derramamento teria queimado plantas, liberando gases tóxicos e de efeito estufa, causando um aquecimento global.

O problema é que até as plantas que conseguem sobreviver com gás carbônico sucumbiram. O que poderia ter causado sua morte?

Recentemente, uma nova hipótese foi levantada: a de que houve também formação do gás sulfato de hidrogênio, que, combinado com o calor, poderia ter causado a extinção em massa da época.

1 - Apocalipse Solar

Em cinco bilhões de anos, o sol vai mudar: vai passar de anã amarela para gigante vermelha quando seu hidrogênio acabar e ele passar a fundir hélio para formar carbono. Neste processo, deve se expandir e ficar 200 vezes maior.

Enquanto expande, o sol vai engolir primeiro Mercúrio, depois Vênus, e talvez a Terra – o destino do nosso planeta ainda não é conhecido; ele pode ser empurrado para uma órbita mais alta ou engolido também.

De qualquer forma, o planeta Terra de então será bem diferente do atual.

A cada bilhão de anos, o sol fica 10% mais brilhante, o que significa que em menos de 10 bilhões de anos o planeta estará brilhante o suficiente para arrancar o gás carbônico da atmosfera, matando as pantas que dependem deste gás para crescer e realizar a fotossíntese.

E não é só isso. Para nossa desgraça (literalmente), os oceanos vão evaporar e toda a vida do planeta será extinta. A Era dos Animais deve terminar em cerca de 500 milhões de anos.

Para ver mais:

Documentary The Universe Worst Days On Planet Earth