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sábado, 30 de abril de 2011

COMO SE FORMAM OS TORNADOS

O tornado é uma coluna de ar giratória, que se desloca a uma velocidade de 30 a 60km/h em volta de um centro de baixa tensão. Apesar de pequeno, é um intenso redemoinho de vento que ocorre quando uma nuvem em movimento alcança a terra. Quando se forma sobre a água, o tornado é denominado tromba d'água

Os tornados desenvolvem-se a partir de dois componentes básicos:

--O primeiro se manifesta quando uma frente fria corre em direção a uma massa de ar quente e úmido, provocando poderosas correntes ascendentes, que produzem imensas nuvens chamadas cúmulos-nimbos. À medida que as nuvens em desenvolvimento absorvem mais ar quente, formam-se correntes descendentes, deflagrando tempestades elétricas (temporais com raios e trovões). Mas nem toda tempestade elétrica gera um tornado.

--O segundo componente, a rotação, é indispensável. Se a nuvem cúmulo-nimbo for cortada por fortes ventos cruzados, estes poderão imprimir às correntes descendentes um movimento circulatório, gerando uma massa de ar rodopiante. Esse vórtice atrai mais ar quente para a nuvem, fazendo o ar girar ainda mais rápido. A espiral se adensa, ganhando velocidade de forma muito semelhante àquela pela qual um patinador do gelo gira mais depressa quando recolhe os braços. Uma nuvem afunilada, com ventos de até 500 quilômetros por hora, destaca-se da nuvem principal, pronta para destruir casas, erguer automóveis, ou arremessar uma geladeira de 35 kg a 5 km de distância.

Normalmente, os tornados se formam associados a tempestades severas que produzem fortes ventos, elevada precipitação pluviométrica e freqüentemente granizo. Felizmente, menos de 1% das células de tempestade originam um tornado. Porém todas as grandes células convectivas devem ser monitoradas por sempre haver a possibilidade destas reunirem as condições necessárias para a ocorrência do fenômeno...

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segunda-feira, 25 de abril de 2011

Curso de ArcGis

Pessoal, fiquei sabendo desse curso de ArcGis. Não sei se é bom, mas vale a pena se informar pois o valor está bem em conta.


Curso de ArcGis para geociências - Modulo Básico

Local: Shopping Natal Sul - Av Prudente de Morais, 3857, sala 24

Ministrantes: Israel Agnes (consultor de GIS e CAD), Tomaz Lima (Analista GIS) e Iurianne Conti (Consultora das empresas Geotec e IMAGEM BRASIL).

Investimento: R$ 100,00 (com material digital)
Turmas: 9 de maio e 16 de maio
Carga Horária: 20h
Vagas: 8
Detalhes: Consulte sobre turmas personalizadas

Informações: conticursos@gmail.com Telefones: (84) 9124-2907/ (84) 9647-9969

Programação:












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sexta-feira, 15 de abril de 2011

CHECKLIST DE EQUIPAMENTOS PARA CAMPO DE GEOLOGIA


A etapa de campo é uma das mais essenciais e mais onerosas em qualquer trabalho de geologia. Além de ser, também, aquela que demanda maior aparato logístico. Um bom chefe de projeto deve estar sempre a par de todo planejamento logístico para execução das atividades de campo, e, a partir disso, poder cobrar execuções e andamento dos serviços. Há situações em que não há possibilidade de dar continuidade às atividades previamente programadas devido ao esquecimento de levar para campo certo equipamento fundamental. Tempo de campo parado é tempo que pode custar muito caro, não só a empresa como também ao próprio funcionário que planejou o campo. A fim de evitar situações indesejáveis como essa, sugerimos a confecção de um “checklist” em que nela você vai listar todos os itens possíveis para utilização durante as atividades de campo. Logo abaixo, apresentamos um “checklist” geral com diversos itens fundamentais às atividades de campo em geologia básica. A partir desta, você poderá fazer sua a própria lista de acordo com o propósito do seu campo.

  • Mapeamento Básico
  1. Mochila
  2. Porta-mapas
  3. Bússola
  4. GPS (com cabos para laptop)
  5. Laptop
  6. Câmera fotográfica (com bateria extra e tripé)
  7. Cartão-escala
  8. Martelo (com sobressalente)
  9. Trenas (de bolso e de longa metragem)
  10. Lupas de mão (10x, 14x e/ou 20x)
  11. Canivete
  12. Ímã
  13. HCl
  14. Placa de porcelana
  15. Binóculo
  16. Caderneta
  17. Papel milimetrado
  18. Prancheta
  19. Estojo porta-lápis com: lápis grafite, caneta esferográfica, marcador permanente, marca-texto, cola-branca, borracha, apontador de lápis, etc.
  20. Lápis coloridos
  21. Transferidor
  22. Régua
  23. Escalímetro
  24. Mapas, fotos aéreas, tabelas, etc.

  • Vestuário e proteção
  1. Botas (de couro e de borracha)
  2. Perneiras (contra ofídios)
  3. Colete
  4. Óculos de proteção
  5. Capacete
  6. Luvas de proteção
  7. Boné ou chapéu
  8. Cinto

  • Equipamentos para amostragem
  1. Marreta
  2. Picareta
  3. Trado
  4. Talhadeira
  5. Colher de pedreiro
  6. Peneiras
  7. Escova de aço (para limpeza de peneiras)
  8. Bateia
  9. Pincel
  10. Tubos para concentrado
  11. Funil
  12. Sacos de pano
  13. Sacos plásticos
  14. Lacre plástico
  15. Fita adesiva (tipo silvertape)
  16. Marcador permanente
  17. Etiquetas para amostra
  18. Engradado para armazenar amostras


  • Diversos
  1. Capa para chuva
  2. Cantil
  3. Garrafas de água
  4. Repelente de insetos
  5. Protetor solar
  6. Protetor labial
  7. Isqueiro
  8. Lanterna
  9. Apito
  10. Bússola simples pequena
  11. Celular
  12. Saco de dormir
  13. Kit de primeiros socorros
  14. Rancho de emergência (rapadura, chocolate, etc.)
  15. Mapa rodoviário
  16. Calculadora

Leitura recomendada: Barne J.W. & Lisle R.J. 2004. Basic geological mapping. 4th Edition. John Wiley & Sons Ltd., England. 186p.

terça-feira, 12 de abril de 2011

IMPACTOS DE METEORITOS


Nos últimos bilhões de anos, cerca de 130 mil meteoritos de grande porte atingiram a superfície Terra. No entanto, os vestígios desses impactos são geralmente mascarados pela intensa dinâmica terrestre. Porém, ainda assim, mais de 160 sítios já foram comprovadamente identificados como tendo sido causados por impactos de meteoritos.

A maioria dos meteoritos é derivada de fragmentos de asteróides. Fora da atmosfera da Terra, essas rochas são chamadas de meteoróides; as que entram na atmosfera são meteoros. Meteoritos são os fragmentos suficientemente grandes para cruzar a atmosfera e atingir a superfície da Terra.

A mais óbvia indicação de impacto de meteorito é uma cratera grande e circular. Embora nem sempre ocorra uma boa preservação dessas feições, há sempre evidências no local do impacto e no seu entorno, tais como: fragmentos de meteorito, material fundido, anomalias de irídio, ósmio ou platina, metamorfismo de impacto e/ou formação de coesita (principal evidência de impacto de meteorito).

A energia potencial de um choque de meteorito de médio porte na superfície da Terra é de mais de 100 megatons – o que equivale a mais que todo arsenal nuclear do mundo. No instante da colisão uma onda de calor e pressão reverbera para fora, nivelando e incinerando tudo que há sobre uma vasta área. Uma enorme quantidade de detritos é lançada na atmosfera e levada ao redor do mundo por fortes ventos. Chuvas de cinzas quentes caem no chão, incendiando as florestas, enquanto nuvens de poeira pairam por meses na atmosfera, bloqueando o Sol e tornando a Terra um planeta escuro e congelado. Quando o céu clareia, o gás carbônico que inundou a atmosfera cria um efeito estufa, elevando a temperatura global em 15 °C em média. Um exemplo de tal devastação é a extinção dos dinossauros, que pode ter sido ocasionada por impacto de um meteorito.

A seguir apresentamos os principais registros de impactos de meteoritos identificados ao redor da Terra.

Haughton
Local: Ilha de Devon, Ártico
Idade: 23 Ma
Diâmetro: 24 km

Manicouagan
Local: Quebec, Canadá
Idade: 212 Ma
Diâmetro: 100 km

Sudbury
Local: Ontário, Canadá
Idade: 1840 Ma
Diâmetro: 200 km
Observação: é uma das áreas mais ricas da Terra em sulfetos de cobre-níquel.

Manson
Local: Iwoa, EUA
Idade: 74 Ma
Diâmetro: 37 km

Baía de Chesapeake
Local: Maryland e Virgínia, EUA
Idade: 35 Ma
Diâmetro: 85 km

Chicxulb
Local: Península de Yucatán, México
Idade: 65 Ma
Diâmetro: 160-240 km

Vredefort
Local: Witwatersrand, África do Sul
Idade: 2020 Ma
Diâmetro: 300 km
Observações: hospedam os depósitos de ouro de maiores teores do mundo.


Limite K-T

Há aproximadamente 65 Ma, dois terços das espécies animais da Terra morreram repentinamente. Cientistas associam esse evento a uma fina camada de argila que remonta ao mesmo período de tempo e que divide as rochas do período Cretáceo (K) e Terciário (T). Conhecida por limite K-T, essa camada de argila contém altas concentrações de irídio, tendo provável origem após impacto de Chicxulub.

Mineração nas crateras

Muitos locais de impacto também são lugares que hospedam depósitos minerais valiosos, a exemplo dos depósitos de níquel-cobre de Sudbury, no Canadá, e de ouro de Vredefort, na África do Sul. Impactos de meteoritos também podem prover bons reservatórios de óleo, que emergem através de rachaduras formadas pelo impacto.

Fonte: Enciclopédia Ilustrada da Terra – ISTOÉ.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

URUGUAI DESCOBRE PETRÓLEO EM SEU TERRITÓRIO

A notícia está mexendo com os irmãos uruguaios. Nas proximidades do balneário La Paloma, estado de Durazno, foi encontrado petróleo. "É petróleo mesmo. Só não podemos afirmar ainda a quantidade que existe ali", disse o eufórico presidente da empresa estatal de petróleo do Uruguai, a Ancap, Raul Sendic. Segundo o presidente da estatal, empresas americanas, russas e argentinas já manifestaram interesse em explorar e negociar o óleo uruguaio.

Em entrevista a emissora de tevê Telemundo, de Montevideo, Sendic disse também que há indicios de que pode haver petróleo também nos estados de Artigas, Salto, Paysandu, Cerro Largo, Trinta e Três em em Tacuarembó. Nos próximos dois anos, a Ancap e empresas associadas farão trabalhos de perfuração e exploração nestas regiões, começando por La Paloma. O dirigente da estatal uruguaia disse que foram encontrados indícios de petróleo em rochas de alto conteúdo de matéria orgância que "ao longo de milhões de anos favoreceram a formação de hidrocarbonetos."

Raul Sendic afirmou também que foram encontrados quantidades importantes de gás em várias regiões do território uruguaio. Mas não deu maiores detalhes. Já o ministro da Indústria, Roberto Kreimerman foi mais comedido. "São dados importantes, mas ainda preliminares", disse o ministro à rádio Carve.

O Uruguai é um país de 3 milhões de habitantes e a cidade balneária de La Paloma está a 160km da fronteira brasileira. Tacaurembó, outra cidade uruguaia com indícios de petróleo está a apenas 111 km de Livramento, outra cidade gaúcha que faz fronteira com o Uruguai. Os trabalhos de prospecção se realizam desde 2009 por empresas norte-americanas. A notícia de que foram encontrados fortes indícios de óleo a 180 metros de profundidade causou surpresa aos moradores de La Paloma. E também muita alegria. No entanto, o ministro da Indústria, Roberto Kreimerman pediu moderação "porque isto não quer dizer seremos um país produtor e exportador de petróleo".

Por outro lado, o diretor da Ancap, Juan Gómez, se mostrou entusiasmado com as amostras afirmando que "o óleo que sai das rochas é puro". Gómez disse também que estas rochas indicam que pode haver petróleo em outras regiões da América Latina.

Ancap faz acordo com Venezuela
A empresa estatal uruguaia de petróleo, Ancap, vai trabalhar na exploração de petróleo em conjunto com a Venezuela. O presidente Hugo Chávez cedeu os poços de Bloques Oveja e Yopales Central, em terra, para que os técnicos uruguaios ganhem experiência no trabalho de retirada do óleo. Os dois poços já foram explorados pela empresa estatal da Venezuela e agora, sua vazão é menor e não tem tanto interesse comercial. Servirá mesmo para que os uruguaios aprendam o ofício. A parceria entre a uruguaia Ancap e a venezuelana Pdvsa começa ainda este ano.

O Uruguai consome, em média, 40 mil barris diários de petróleo que variam de acordo com o consumo de energia elétrica. Segundo a Pdvsa, os poços que vão ser explorados pelos uruguaios têm uma produção diária de 10 mil barris. Destes, 4 mil ou 10% do consumo uruguaio, serão do Uruguai e os outros 60% ficarão com a Venezuela.

Petrobras no negócio
Na exploração de petróleo na plaforma marítima do Uruguai, a Ancap já formou um consórcio que inclui a brasileira Petrobras, a argentina YPF e a portuguesa Galp. Estas empresas trabalham desde 2009 na prospecção e confirmação da existências de campos de petróleo. Este trabalho deverá estar finalizado ainda em 2011. Após finalizar esta etapa, a uruguai Ancap vai decidir se faz consórcio com estas mesmas empresas para a retirada do óleo do fundo do mar.


Fonte: GeofisicaBrasil