O metal registrou valorização de 6,25% no mês, enquanto a bolsa brasileira apresentou queda de 4,20% no mesmo período. Com o cenário internacional penalizando os principais ativos financeiros em todo o mundo, o ouro despontou em novembro como o investimento de maior rentabilidade. A deterioração da economia europeia tem forçado investidores para a busca de maior segurança, daí o apelo ao metal. Segundo José Raymundo de Faria Jr., diretor técnico da Wagner Investimentos, a alta de 6,25% do ouro em novembro é um reflexo do cenário de temor que domina a economia mundial. “Essa valorização é fruto da queda das taxas de juros na Europa, nos Estados Unidos e no Japão, somada aos programas de compra de ativos do Fed (Federal Reserve, banco central americano) e à crise europeia”, afirma. As injeções de dinheiro do Fed no mercado americano têm suscitado a busca por alternativas, uma vez que o dólar se enfraquece a partir dessas ações. A alta liquidez e segurança do ouro faz com que este seja a melhor opção em um cenário de baixas taxas de juros. Apesar do bom desempenho do metal no mês, Faria Jr. não aconselha o investidor a apostar no metal neste momento. “Estamos muito próximos da máxima histórica. O investidor deve aguardar um momento de queda para fazer suas posições no ouro”, afirma. “Uma queda para US$ 1,3 mil a onça (o equivalente 31 gramas) já estaria mais próximo de uma região mais interessante.” Nesse caso, o investidor deve ficar atento às possíveis crises de aversão ao risco. “Por ser de alta liquidez, o ouro é rapidamente vendido e utilizado para pagar possíveis prejuízos de um início de trajetória de baixa”, afirma. Também vale destacar que aqueles que estiverem interessados nessa posição devem ficar atentos aos movimentos do dólar, uma vez que o metal é negociado na moeda americana. “Uma desvalorização da moeda prejudica o valor do ouro também. Estamos com o metal em tendência de alta, então, o ideal é comprar as posições quando o dólar formar no mínimo uma tendência de estabilidade”, aponta. O ouro deve ser um elemento de diversificação na carteira, principalmente em tempos nos quais o dólar tem sido alvo de muita volatilidade. Com as injeções de capital do Fed, a divisa americana terá menor espaço de alta, o que sugere ao investidor uma maior diversificação de sua carteira para o ouro, que tem maior espaço de valorização. Fonte: Infomine
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