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sexta-feira, 16 de novembro de 2012

CATÁSTROFES NATURAIS - TSUNAMI

O QUE É UM TSUNAMI?

O termo "tsunami" provém do japonês, significa "porto" (tsu, ) e "onda" (nami, ).
É possível definir um tsunami de maneira simples: um terremoto entre as placas tectônicas, sobre as quais está o oceano, provoca uma agitação imensa das águas, resultando em ondas que chegam de maneira violenta e desordenada ao litoral. Mas além dos terremotos, outros distúrbios, acima ou abaixo da água, têm o potencial para gerar um tsunami, como erupções vulcânicas, deslizamentos de terra e outros movimentos de massa, e impactos bólidos.

ORIGEM

O historiador grego Tucídides foi o primeiro a relacionar tsunami a terremotos submarinos, mas a compreensão da natureza do tsunami permaneceu escassa até o século XX e ainda é objeto de pesquisa. Muitos textos antigos geológicos, geográficos e oceanográficos referem-se a tsunamis como "ondas sísmicas do mar".


CAUSAS
Um tsunami pode ser gerado quando os limites de placas tectônicas convergentes ou destrutivas movem-se abruptamente e deslocam verticalmente a água sobrejacente. É muito improvável que esses movimentos podem formar-se em limites divergentes (construtivo) ou conservativos das placas tectônicas. Isso ocorre porque os limites construtivos ou conservadores em geral não perturbam o deslocamento vertical da coluna de água. Terremotos relacionados a zona de subducção geram a maioria dos tsunamis.
Tsunamis têm uma pequena amplitude (altura da onda) em alto mar e um comprimento de onda muito longo (muitas vezes centenas de quilômetros de comprimento), sendo por isso que geralmente passam despercebidos no mar, formando apenas uma ligeira ondulação de normalmente cerca de 300 mm (12 pol) acima do normal. Eles crescem em altura quando atingem águas mais rasas, em um processo de empolamento da onda descrito abaixo. Um tsunami pode ocorrer em qualquer estado de maré, e até mesmo na maré baixa pode inundar áreas costeiras.


TSUNAMIS GERADOS POR TERREMOTOS
Um terremoto pode gerar um tsunami se o tremor:
  • Ocorrer logo abaixo de um corpo de água,
  • For de magnitude moderada ou alta, e
  • Deslocar um volume bastante grande de água.

CARACTERÍSTICAS
Enquanto ondas de vento diárias tem um comprimento de onda (de crista a crista) de cerca de 100 m e uma altura de aproximadamente 2 m, um tsunami no oceano profundo tem um comprimento de onda de cerca de 200 km. Essa onda viaja mais de 800 km/h, mas devido ao enorme comprimento de onda a oscilação da onda em qualquer ponto tem 20 ou 30 minutos para completar um ciclo e tem uma amplitude de apenas 1 m. Isso torna difícil detectar tsunamis sobre águas profundas. Navios raramente notam a sua passagem.
À medida que o tsunami se aproxima da costa e as águas se tornam rasas, o empolamento da onda comprime a onda e sua velocidade diminui abaixo de 80 km/h. Seu comprimento de onda diminui para menos de 20 km e sua amplitude cresce enormemente, produzindo uma onda claramente visível. Desde que a onda ainda tenha esse longo comprimento de onda, o tsunami pode levar alguns minutos para chegar a altura máxima. Exceto para os tsunamis muito maiores, a onda ao se aproximar não quebra, mas aparece como um movimento rápido macaréu. Baías abertas e zonas costeiras adjacentes às águas muito profundas podem moldar o tsunami de forma a deixá-lo ainda mais alto.

AMEAÇAS FUTURAS


Em 2001, cientistas previram que uma futura erupção do instável vulcão Cumbre Vieja em La Palma (uma ilha das Ilhas Canárias) poderia causar um imenso deslizamento de terra para dentro do mar. Nesse potencial deslizamento de terra, a metade oeste da ilha (pesando provavelmente 500 bilhões de toneladas) iria catastroficamente deslizar para dentro do oceano. Esse deslizamento causaria uma megatsunami de cem metros que devastaria a costa da África noroeste, com um tsunami de 30 a 50 metros alcançando a costa leste da América do Norte muitas horas depois, causando devastação costeira em massa e a morte de prováveis milhões de pessoas. Especula-se também acerca da possibilidade de tal cataclisma atingir a costa norte brasileira, fato que desperta a preocupação de algumas autoridades, tendo em vista a inexistência de qualquer mecanismo de prevenção de tsunamis no Brasil.

Wilson Teixeira, professor do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo (USP), explicou que as chances de um tsunami no Brasil são praticamente inexistentes. "O país fica no interior de uma placa tectônica bem antiga. Todos os registros de tremor ou movimento das bordas das placas que chegam ao nosso continente são muito fracos, o que elimina o risco. E, além disso, o oceano Atlântico não tem registros de terremotos da mesma magnitude que o Índico", afirma o geólogo, que foi o responsável pela criação de um ambiente simulador de tsunami no museu Estação Ciência de São Paulo.

Além disso, o professor explica que as placas que recobrem o planeta se movem em velocidades diferentes, e aquela sobre a qual o Brasil está se move com uma velocidade muito menor do que as da Ásia e da Oceania. "Por ano, as placas do oceano Atlântico sofrem uma separação de 2 cm, enquanto naquelas regiões são 8 cm. Por isso, não há chance de eventos agressivos aqui”, diz.Na época da tragédia na Ásia, em 2004, especulou-se que o oceano Atlântico também tenha sofrido reflexos da movimentação das águas no Índico. “Houve muita discussão a esse respeito, porque alguns dias depois foi medida uma movimentação estranha de ondas do nosso litoral. No entanto, jamais se chegou a uma conclusão se isso seria uma resposta muito distante do que aconteceu lá ou somente picos anômalos de maré no Atlântico”, explica o professor.

Outra especulação é se um evento vulcânico nas Ilhas Canárias espanholas poderia causar um tsunami. “É uma hipótese meramente teórica que não se confirma”, declara o especialista.


Fonte: Pesquisa

 

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Sandy: antes e depois

O Departamento de Pesquisa Geológica dos Estados Unidos, USGS, divulgou no último dia 9 fotos aéreas mostrando o antes e o depois da passagem da tempestade extra-tropical Sandy na costa do atlântico.
O maior impacto pode ser observado no extremo oeste de Nova Jersey e noroeste de Nova York. Ondas de até 10 meros de altura invadiram praias, derrubaram edifícios, arrancaram árvores, destruíram postes e cabos de eletricidade, devastaram estradas e cobriram as cidades de areia.
Vista Oeste de Mantoloking, na costa de Nova Jersey.
Neponsit, Nova Yorque, próximo ao Porto.
Montoloking, Nova Jersey.

Seaside Height Pier, Nova Jersey.A estrutura da Montanha Russa (parte inferior à direita) foi atirada ao oceano.

O que acontece…
EFEITO DA MARÉ CICLÔNICA
A violência do efeito observado é devido ao fenômeno meteorológico conhecido como Maré Ciclônica (storm surge, em inglês). Ela é causada principalmente pelos fortes ventos que empurram a superfície do Oceano. O vento faz com que a água se empilhe mais elevadamente do que no nível do mar normal. Esse efeito, combinado com a baixa pressão e vento persistente por sobre a massa de águas rasas, é a causa mais comum dos problemas de inundações causados pela Maré Ciclônica.


Fonte: Comunitexto





sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Ondas já produzem energia elétrica

Se pensava que Peniche (Portugal) só era famosa no surf, então leia com atenção: o Waveroller já produz energia elétrica a partir das ondas. Máquina única a nível mundial está no fundo do mar, a 900 metros da costa, perto do Baleal.

O último relatório sobre energias renováveis publicado há poucos dias pela Direção Geral da Energia e Geologia (DGEG) não deixa margem para dúvidas. Portugal voltou a ter energia elétrica produzida a partir da força das ondas.

Há três anos já tinha havido uma experiência com o Pelamis, na Aguçadoura (Póvoa de Varzim), mas agora é o Waveroller (de origem finlandesa), que já está em teste no fundo do mar de Peniche, na zona do Baleal, a cerca de 900 metros da costa.

O Waveroller é já a segunda fase de um projeto que nasceu há cerca de dois anos, em articulação com a Eneólica (do grupo Lena) e a finlandesa AW Energy. Ou seja, este protótipo pré-comercial surge na sequência de uma experiência anterior, a uma escala muito menor, mas que correu muito bem "e superou todas as expectativas", nota Leocádio Costa, da AW Energy.

Mais de seis milhões no fundo do mar

Custou perto de €6,5 milhões (em grande parte financiados por programas comunitários) e pesa 600 toneladas. Tem 43 metros de comprimento, por 18 de largura e 12 de altura. Mais de 50% desta estrutura submarina terá incorporação nacional.

Está desde agosto colocado no fundo do mar, onde as suas pás gigantes vão oscilando com a força das ondas que lhe passam por cima. Com esse movimento é acionado um dispositivo que transforma a energia das ondas em energia elétrica. Essa energia é depois enviada para a costa por um cabo submarino, onde é recebida por um transformador que depois a injeta na rede.

Fonte: GeofisicaBrasil

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Our Story in 1 Minute

 

Desde o Big Bang até a civilização atual - confira esse vídeo!

 

Our Story in 1 Minute

Veja a Estação Espacial Internacional sobre sua casa

Você sabia que, depois do Sol e da Lua, a Estação Espacial Internacional é o objeto mais luminoso dos nossos céus? Ou seja, é possível, sim, vê-la a olho nu - se você tiver sorte de encontrá-la orbitando sobre sua cidade ou se fizer inscrição no serviço da Nasa que te avisa quando ela passará sobre sua casa. O Spot The Station pede apenas que você cadastre sua localização e seus contatos para recebar um SMS ou um e-mail com o horário em que você poderá observar a EEI.

Se você fizer a inscrição, a Nasa avisa que a EEI, ao passar por sua cidade, irá se parecer com um avião passando a uma velocidade alta nos céus. E as chances de vê-la não serão poucas. Todas as semanas, o Centro de Controle Espacial Johnson, em Houston, estima mais de 4 mil localidades nas quais ela pode ser vista. Mas vale lembrar que você só receberá notificações em que o ângulo de visão seja bacana e que ofereça a você um tempo significativo de observação.

estação espacial

 

Fonte: Galileu/NASA