O termo "tsunami" provém do japonês, significa "porto" (tsu, 津) e "onda" (nami, 波).
O historiador grego Tucídides foi o primeiro a relacionar tsunami a terremotos submarinos, mas a compreensão da natureza do tsunami permaneceu escassa até o século XX e ainda é objeto de pesquisa. Muitos textos antigos geológicos, geográficos e oceanográficos referem-se a tsunamis como "ondas sísmicas do mar".
- Ocorrer logo abaixo de um corpo de água,
- For de magnitude moderada ou alta, e
- Deslocar um volume bastante grande de água.
AMEAÇAS FUTURAS
Wilson Teixeira, professor do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo (USP), explicou que as chances de um tsunami no Brasil são praticamente inexistentes. "O país fica no interior de uma placa tectônica bem antiga. Todos os registros de tremor ou movimento das bordas das placas que chegam ao nosso continente são muito fracos, o que elimina o risco. E, além disso, o oceano Atlântico não tem registros de terremotos da mesma magnitude que o Índico", afirma o geólogo, que foi o responsável pela criação de um ambiente simulador de tsunami no museu Estação Ciência de São Paulo.
Além disso, o professor explica que as placas que recobrem o planeta se movem em velocidades diferentes, e aquela sobre a qual o Brasil está se move com uma velocidade muito menor do que as da Ásia e da Oceania. "Por ano, as placas do oceano Atlântico sofrem uma separação de 2 cm, enquanto naquelas regiões são 8 cm. Por isso, não há chance de eventos agressivos aqui”, diz.Na época da tragédia na Ásia, em 2004, especulou-se que o oceano Atlântico também tenha sofrido reflexos da movimentação das águas no Índico. “Houve muita discussão a esse respeito, porque alguns dias depois foi medida uma movimentação estranha de ondas do nosso litoral. No entanto, jamais se chegou a uma conclusão se isso seria uma resposta muito distante do que aconteceu lá ou somente picos anômalos de maré no Atlântico”, explica o professor.
Outra especulação é se um evento vulcânico nas Ilhas Canárias espanholas poderia causar um tsunami. “É uma hipótese meramente teórica que não se confirma”, declara o especialista.