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terça-feira, 31 de maio de 2011

Programação XIV SEGERN

Pessoal, segue a programação da Semana da Geologia na UFRN que começa hoje.
Vamos participar!

Ah! E vale lembrar que quarta-feira a noitada é no Taverna com a Banda Metamorfose. Entradas à venda com os formandos 2011.


sábado, 28 de maio de 2011

Geólogos descobrem centro de erupção vulcânica no Paraná

Dois geólogos da Mineropar, Edir Edemir Arioli e Otavio Boni Licht, descobriram um centro de erupção vulcânica exposto na Pedreira Pauluk, em Cruz Machado, no Sul do Estado.

Segundo Licht, mesmo sabendo que 60% do Estado do Paraná é formado por rochas vulcânicas do Grupo Serra Geral, ainda não havia sido identificado um centro eruptivo (vent). O centro de erupção vulcânica bem como todo o processo de erupção do Grupo Serra Geral são extintos e não representam risco, segundo Licht.

O centro de erupção tem aproximadamente 134,7 milhões de anos. Os geólogos identificaram esta idade aproximada baseados em um estudo feito, no ano passado, pelos pesquisadores da Universidade de Queensland (Austrália), David Thiede e Paulo Vasconcelos.

"Nunca tinha-se observado a forma como as lavas do Grupo Serra Geral chegaram à superfície. As lavas vêm de 30 a 50 quilômetros de profundidade", disse Licht. Segundo os geólogos, o processo de erupção que se imaginava no Grupo Serra Geral, até pouco tempo, era parecido com o vulcanismo que acontece atualmente no Havaí. Naquele país, os vulcões como o Kilauea são caldeiras de baixa expressão topográfica e com vulcanismo não explosivo.

Arioli e Licht estão propondo em seus estudos um modelo alternativo para o estilo de vulcanismo do Grupo Serra Geral que é conhecido como hidrovulcanismo, um fenômeno vulcânico e explosivo. Segundo Licht, o hidrovulcanismo origina-se pelo contato do magma com a água e consequentemente com a alta produção de vapor ainda em profundidade, resultando em um processo explosivo à superfície.

Arioli explica que identificando este modelo alternativo de vulcanismo, pode-se contribuir para um melhor entendimento da origem e importância econômica das ocorrências de minerais metálicos como cobre, outro, prata e platinóides.


Fonte: Mineropar

XIV SEMANA DA GEOLOGIA - UFRN

O Centro Acadêmico de Geologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte realiza a XIV Semana de Geologia (SEGERN), de 30 de maio a 03 de junho, com o tema ‘O setor mineral e o mercado de trabalho’, em comemoração ao Dia do Geólogo. O evento será realizado no auditório do Departamento de Geologia. 

A abertura do evento acontece às 18h30 do dia 30 e nos dias 31 de maio.

Nos dias 01 e 02 de junho, a programação inicia às 8h e termina às 17h, com minicursos, palestras e mesas redondas.
Na sexta-feira, dia três, as atividades começam às 14h30, no Centro de Ciências Exatas e da Terra, com lançamentos de livros. Em seguida, ocorre o VI Café Geológico e mesa redonda, e às 18h30 acontece um Happy Hour encerrando a XIV Semana de Geologia da UFRN.

A XIV SEGERN é um espaço de discussões e circulação científica que funciona como “vitrine de ideias”. Serve ainda para criar um ambiente favorável no qual empresa, universidade e sociedade possam desenvolver uma relação de contato, a fim de que os estudantes conheçam as empresas e suas formas de atuação perante a sociedade, aproximando-os do futuro profissional. Para participar do evento basta comparecer ao local.



Mais informações pelos telefones 3215-3811 e 3215-3807.



quinta-feira, 19 de maio de 2011

Concurso de fotos e vídeos de raios


O Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCT) abre pela primeira vez um concurso de fotos e vídeos de raios no Brasil, país campeão mundial em incidência do fenômeno, com 60 milhões de descargas por ano. Apesar da grande incidência são poucas as imagens de raios disponíveis no Brasil. Com intuito de documentar o fenômeno, que é diferente nas diversas regiões do país, o Elat/Inpe recebe fotos e vídeos de raios para o concurso "Momento Único - A Melhor Foto e Vídeo de Raios no Brasil".

Podem se inscrever fotógrafos e cinegrafistas amadores ou profissionais de todo o país. O regulamento está disponível na página www.inpe.br/elat, no link notícias/concurso.

Os ganhadores do melhor vídeo e melhor foto serão anunciados na solenidade de abertura da 14ª Conferência Internacional de Eletricidade Atmosférica (Icae 2011), a maior conferência mundial sobre o tema, que acontece desde 1954 e será realizada, pela primeira vez, no hemisfério sul na cidade do Rio de Janeiro de 7 a 12 de agosto. Os vencedores receberão uma passagem de ida e volta para o Rio e participarão do coquetel e solenidade de abertura.

O banco de imagens do concurso irá compor cenas do primeiro filme documentário sobre os raios no Brasil. O filme "Fragmentos de Paixão - Que Raio de História", que está sendo realizado pelo Elat, será lançado em fevereiro de 2012. As gravações começam em agosto deste ano e irão contemplar os raios no contexto da história, cultura e ciência nacional. A equipe deverá viajar por mais de 10 cidades de todas as regiões do Brasil. Mais informações podem ser obtidas através do telefone (12) 3208-6824 ou ainda pelo e-mail elat@inpe.br

Fonte: INPE

Ilhas desaparecem entre Sri Lanka e Índia

As pequenas ilhas Poomarichan e Villanguchalli, entre o Sri Lanka e a Índia, afundaram-se devido a dezenas de anos de exploração dos recifes de corais. As ilhas agora submersas encontravam-se na primeira reserva de biosfera marinha do sul da Ásia. Faziam parte de um arquipélago de 21 formações protegidas no Golfo de Mannar.

A região do Indo-Pacífico é considerada uma das mais ricas em biodiversidade e recursos naturais. Devido à falta de regulamentos até 2002 houve uma intensa mineração dos corais que só terminou com a aprovação de leis de proteção ambiental.

Balaji, chefe do serviço de proteção de florestas e vida selvagem do estado Tamil Nadu (Índia), onde a área de proteção foi estabelecida, explica que o aumento do nível dos oceanos devido ao aquecimento global terá contribuído para que as ilhas desaparecessem. Esta indicação foi contestada por Simon Holgate, do Laboratório Oceanográfico Proudman, em Liverpool. De acordo com ele, o nível do mar na região tem subido abaixo da média global. Embora as ilhotas estivessem apenas entre três e cinco metros acima do nível do mar, o seu afundamento mostra o perigo que outras pequenas ilhas na região enfrentam a médio e longo prazo.

O Golfo de Mannar foi escolhido para abrigar a reserva de biosfera devido à sua biodiversidade. A maioria das suas 21 ilhas não é habitada. O coral explorado foi utilizado como material de construção devido ao seu alto teor de carbonato de cálcio.

Fonte: Ciencia Hoje

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Brasil precisa mapear melhor o solo e suas reservas

O Brasil é um país conhecido pela abundância de seus recursos naturais. Entretanto, está longe de entendê-los totalmente. O país é hoje o maior produtor de minério do mundo, e mesmo assim ainda existem jazidas de metais intocadas e mal utilizadas. Essa falta de informações sobre a sua formação geológica também está relacionada à incidência de enchentes e deslizamentos, que nos últimos anos vitimaram centenas de pessoas.


"Há pouca integração entre universidade, empresas e governo para melhorar o entendimento de nosso país", afirma Onildo Marini, secretário-executivo da Agência para o Desenvolvimento da Indústria Mineral Brasileira (ADIMB).


Questões como essas inquietaram a comunidade de geocientistas no seminário "Geociências: Principais tecnologias, a fronteira do conhecimento, projetos na área da indústria mineral, Pré-sal e outras demandas da sociedade", que aconteceu semana passada na UnB. Cerca de 70 pesquisadores, estudantes e representantes do governo, discutiram os rumos de um setor altamente aquecido no Brasil. "Essa multiplicidade de conhecimentos dá novos estímulos para nosso trabalho", disse Detlef Walde, diretor do Instituto de Geociências da UnB.

Um dos problemas apresentados no seminário foi a falta de estímulos e dinheiro para a mineração, que acaba sendo deixado de lado em detrimento do setor petrolífero. Onido Marini afirmou que, apesar do tamanho e possibilidades de descobertas, o País investe pouco, se comparada a vizinhos como Chile, Peru e a países com grande território como Canadá e Austrália. "Não conhecemos nosso minérios e nem nossos rejeitos", disse Marini.



Onildo explicou que a academia brasileira evoluiu, e é uma das que mais publicam estudos em revistas científicas importantes, mas falta integração com outros setores. Para o professor Detlef Walde, há muitas barreiras. "Faltam universidades técnicas e estímulos para essas parcerias". O aluno do 4º semestre de Geologia, Gustavo Rosa, quer estudar minérios no futuro e concordou. "Acho importante que haja uma parceria maior entre esses entes", acredita.

Outra área deficiente em pesquisas é a de estudos sobre prevenção de tragédias naturais. Carlos Nobre, secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência e Tecnologia, disse que é o Brasil ainda engatinha quando se fala em prevenção de tragédias como o deslizamento da região serrana do Rio de Janeiro no começo do ano, que matou quase 900 pessoas.



"Estudos do Ministério do Meio Ambiente mostraram que 90% dos deslizamentos que aconteceram no Rio foram em áreas que deveriam estar protegidas, não habitadas". Previsto para ser lançado em novembro desse ano, o Sistema de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais já está sendo usado provisoriamente no Nordeste, onde há uma concentração maior de chuvas no inverno.

Segundo Nobre, o MCT irá fazer parcerias com universidades e criar editais de pesquisa e projetos para estimular o mapeamento geológico necessário ao Sistema. "Queremos transformar o Brasil em uma liderança tecnológica do setor até 2030", diz Cláudio Scliar, representante do Ministério das Minas e Energia.

Nos Estados Unidos, o Serviço Geológico Americano (USGS) faz o mapeamento do solo com imagens tridimensionais. O pesquisador David Smith trabalha no USGS e veio à UnB mostrar o uso integrado de diversos equipamentos de medição para, por exemplo, entender doenças causadas por minérios, ajudar na reconstrução do Afeganistão e procurar água em Marte. A apresentação das possibilidades do aparelho AVIRIS (Airborne Visible/Infrared Imaging Spectrometer, ou Espectrômetro Aéreo de Imagem Infravermelha) causou inveja nos pesquisadores. "É uma tecnologia fantástica", disse Célia Ghedini Ralha, diretora de  Desenvolvimento Institucional e Inovação da UnB. Ela espera uma parceria maior entre a universidade e o USGS.



Fonte: Univesp

terça-feira, 10 de maio de 2011

Esperança de petróleo no Sertão da Paraíba

Empresários, comerciantes, políticos e moradores das cidades de Triunfo, Santa Helena e São João do Rio do Peixe, no Alto Sertão paraibano, voltaram a se animar com a possibilidade da existência de petróleo e gás na região em quantidade suficiente para atividades comerciais de empresas petrolíferas de médio porte. Estas empresas usam o produto também para outras finalidades além da refinação como a produção de material para asfalto. As expectativas em torno do mineral haviam sido frustradas em fevereiro, quando a Petrobrás, maior extratora do produto, concluiu os trabalhos na região e desistiu de explorar o petróleo por considerar a quantidade inviável para suas atividades.

Sem Petrobrás
Com a saída da estatal, outras empresas petrolíferas como a Univen e a Ral Engenharia, de São Paulo, e a construtora de rodovias Cowan, que adquiriram lotes através de leilão da Agência Nacional de Petróleo (ANP), decidiram apostar na Bacia do Rio do Peixe. Elas realizaram prospecções por acreditar que o petróleo existente na Bacia é suficiente para suas atividades. As pesquisas já foram concluídas e as amostras coletadas foram enviadas para um laboratório no Rio de Janeiro.

Pesquisas
O resultado das pesquisas, realizadas pela ANDL Geofísica, que foi contratada pelas petrolíferas Univen e Ral Engenharia, deverá ser divulgado ainda esse semestre. Os rumores também têm despertado os interesses de outras empresas que atuam no setor em Mossoró (RN) e no Rio de Janeiro e que aproveitam o petróleo para outras finalidades como a produção de asfalto para rodovias.

Univen Petróleo
A refinaria privada que produz e comercializa derivados do mineral como gasolina A, óleo diesel, óleo combustível e solventes especiais - firmou um consórcio com a Ral Engenharia, especializada em asfalto de rodovias. Elas arremataram oito dos 19 blocos oferecidos pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) no setor SRIOP da Bacia do Rio do Peixe, durante a Nona Rodada de Licitações. As empresas conseguiram os blocos RIOP-T-20, RIOP-T-21, RIOP-T-30, RIOP-T-31, RIOP-T-55, RIOP-T-56, RIOP-T-57 e RIOP-T-61. O leilão dos blocos na Bacia do Rio do Peixe rendeu para os cofres do Tesouro R$ 8,849 milhões.

No entanto, as empresas só se interessaram em estudar a viabilidade comercial do petróleo na região, em dezembro do ano passado, quando a Petrobrás já havia iniciado a perfuração dos poços. O resultado obtido pela Petrobras de que a quantidade de petróleo encontrado não era suficiente para a estatal, chamou a atenção das outras empresas que decidiram fazer as prospecções por confiarem na viabilidade, tanto em quantidade como em qualidade do produto para suas atividades.
 
Fonte: Jornal Correio